ATA DA SEXAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 13-07-2015.

 


Aos treze dias do mês de julho do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Resolução nº 027/15 (Processo nº 1496/15), de autoria de Airto Ferronato; o Projeto de Lei do Legislativo nº 123/15 (Processo nº 1330/15), de autoria de Ariane Leitão; os Projetos de Lei do Legislativo nos 169/14 e 117 e 121/15 (Processos nos 1815/14 e 1292 e 1308/15, respectivamente), de autoria de Clàudio Janta; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 016/15 (Processo nº 0195/15), de autoria de João Derly. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 832/15, do Prefeito, encaminhando Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 002/15 (Processo nº 0427/15). A seguir, foi apregoado o Memorando nº 031/15, de autoria de Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, nos dias treze e quatorze de julho do corrente, em reunião da Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista, em Brasília – DF. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Cassio Trogildo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Professor Garcia, Fernanda Melchionna, Alberto Kopittke, Sofia Cavedon e Jussara Cony. Às quinze horas e cinco minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Fernanda Melchionna, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na priorização da Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 075/15 (Processo nº 1458/15), após ser encaminhado à votação por Fernanda Melchionna e Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/15 (Processo nº 1101/15), após ser discutido por Professor Garcia e Sofia Cavedon. Após, foi apregoada a Emenda nº 12, assinada por Delegado Cleiton e Márcio Bins Ely, ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14 (Processo nº 1633/14), e foi aprovado Requerimento de autoria de Delegado Cleiton, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. A seguir, foi constatada a existência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Jussara Cony. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/12 (Processo nº 0307/12), por vinte e nove votos SIM e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção Reginaldo Pujol. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Clàudio Janta, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na priorização da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 103/15 (Processo nº 1205/15), por trinta votos SIM, tendo votado Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 014/15 (Processo nº 0877/15). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 011/15 (Processo nº 1138/15), por vinte e três votos SIM e nove votos NÃO, após ser discutido por Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Engº Comassetto, Reginaldo Pujol, Alberto Kopittke, este duas vezes, Prof. Alex Fraga, Airto Ferronato e Engº Comassetto, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Sim Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não Alberto Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon. Na oportunidade, foram apregoadas Declarações de Voto assinadas por Engº Comassetto, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon, estes conjuntamente, e Lourdes Sprenger. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 011/15, Jussara Cony e Sofia Cavedon cederam seus tempos de discussão a Alberto Kopittke e Engº Comassetto, respectivamente. Na ocasião, constatou-se a existência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Carlos Casartelli. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 13, assinada por Alberto Kopittke, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon, ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, e foi aprovado Requerimento de autoria de Sofia Cavedon, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Após, foi apregoada a Emenda nº 14, assinada por Airto Ferronato, ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, e foi aprovado Requerimento de autoria de Airto Ferronato, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 005/15 (Processo nº 1605/15). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 050/15 (Processo nº 1077/15), por vinte e cinco votos SIM e quatro ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação por Jussara Cony, em votação nominal solicitada por Dr. Thiago, tendo votado Sim Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e optado pela Abstenção Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, Kevin Krieger e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 025/14 (Processo nº 1633/14), após ser discutido por Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Jussara Cony, Delegado Cleiton, Alberto Kopittke, Kevin Krieger, Professor Garcia, Airto Ferronato e Elizandro Sabino. Na ocasião, foi apregoado Requerimento, deferido pelo Presidente, de autoria de Engº Comassetto, solicitando a votação em destaque das Emendas nos 01, 04, 06 e 08 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14. Também, foi apregoado Requerimento, deferido pelo Presidente, de autoria de Alberto Kopittke, solicitando a votação em destaque das Emendas nos 08, 09, 10, 11, 12 e 13 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria de Sofia Cavedon, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 06 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14. Ainda, foram apregoadas a Subemenda nº 01 à Emenda nº 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11, ambas assinadas por Cassio Trogildo e Elizandro Sabino, ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, e foi aprovado Requerimento de autoria de Cassio Trogildo e Elizandro Sabino, solicitando que essas Subemendas fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Reginaldo Pujol, solicitando que as Emendas nos 01, 03, 04 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11, todas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, fossem apreciadas conjuntamente. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria de Guilherme Socias Villela, Vice-Líder da Bancada do PP, solicitando Licença para Tratamento de Saúde para Mônica Leal nos dias treze a quinze de julho do corrente. A seguir, por solicitação de Engº Comassetto, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a Carlos Scarinci. Foram votadas destacada e conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 04 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11, todas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, por trinta e um votos SIM, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 025/14, por trinta e um votos SIM, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 034/14 (Processo nº 0782/14), por vinte votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por Marcelo Sgarbossa, tendo votado Sim Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção Sofia Cavedon. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 073/15 (Processo nº 1402/15), por doze votos SIM, sete votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra, votado Não Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Waldir Canal e optado pela Abstenção Dinho do Grêmio e Dr. Thiago. Às dezoito horas e trinta e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Tarciso Flecha Negra, foi encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 003/13, o Projeto de Lei do Legislativo nº 029/15 e os Projetos de Lei do Executivo nº 018, 019 e 020/15; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 058/15 e o Projeto de Resolução nº 002/15. Marcelo Sgarbossa pronunciou-se durante o período de Pauta. Durante a Sessão, Carlos Casartelli, Clàudio Janta, Engº Comassetto, Elizandro Sabino, Reginaldo Pujol e Marcelo Sgarbossa manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, de: Luciano Fernandes, Presidente da Cia de Arte; Fábio Cunha, Presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversões do Rio grande do Sul – SATED –; e Neidmar Roger Charão, Presidente do Conselho Estadual de Cultura. Às dezoito horas e trinta e oito minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e secretariados por Kevin Krieger. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra.

 

O Sr. Cassio Trogildo (Requerimento): Sr. Presidente, solicitamos, eu e o Ver. Clàudio Janta, a transferência do Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Cassio Trogildo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Sr. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste. Na última sexta-feira, durante toda tarde e início da noite, fiquei envolvido com o Colégio Protásio Alves. No início da tarde, no gabinete, recebi uma ligação de professores do Protásio Alves solicitando que eu estivesse no Colégio para discutir o incidente que tomou manchete tanto em nível local, como estadual, e hoje de manhã, inclusive, repercutindo em nível nacional.

A professora Eliana Flores, Coordenadora da Educação Física da Escola, telefonou, e lá nos reunimos com os professores, que nos colocaram a sua dificuldade em reatar o contato com a Brigada Militar. De pronto, fiz o contato com o Comandante Cel. Maciel, que imediatamente nos atendeu. Uma das celeumas era se os alunos do Protásio Alves poderiam participar ou não, e ele permitiu. Então, dirigimo-nos ao 1º Batalhão da Polícia Militar, na Av. Praia de Belas: a professora Ana Maria Souza, Diretora; a professora Kátia, Vice-Diretora; a Prof.ª Ana Paula, Vice-Diretora; a Daniele Spencer, Vice-Diretora, uma de cada turno, e mais a Ana Paula Santos, presidente do grêmio estudantil. Lá eles colocaram a situação do menino que foi esfaqueado. Ainda não se tem a posição exata de onde ocorreu, qual seria o local. O Colégio Protásio Alves tem uma característica: na Av. Ipiranga, a jurisdição é do 1º BPM; na Av. Érico Veríssimo, a jurisdição é do 9º BPM. Mas o Cel. Maciel disse que isso pouco importava, na realidade, a responsabilidade da segurança é da Brigada Militar, colocou que faria todos os esforços. No turno da manhã e da tarde, o Colégio Protásio Alves parou a Av. Ipiranga, e aí acordamos que, no início da noite, haveria mais uma manifestação, que só pararia no momento em que a sinaleira ficasse vermelha. Isso facilitou em muito o trânsito, porque, às 19h – vocês imaginem –, parar a Av. Ipiranga, como já havia acontecido nos turnos da manhã e da tarde, seria ruim. Eu, então, aqui saudar o Cel. Maciel pela sua postura e pelo comprometimento em manter uma viatura, por um determinado período, ali nas imediações. Fez um acordo, inclusive com a presidente Ana Paula Santos, do grêmio estudantil, solicitando que os alunos fizessem os seus registros. O que ocorre é que a Brigada Militar tinha apenas um registro naquela região; a Diretora tinha três; e os alunos falaram que são mais de 50 ocorrências nos últimos meses. Então, isso mostra também um pouco que esses procedimentos são coisas do cotidiano e a população não dão bola. Ou seja: “Fui assaltado, vou reclamar para quê? Não vai dar em nada!” Inclusive, o próprio Comandante informou que a ocorrência não precisa ser feita só numa delegacia, tanto o 9ºBPM como o 1ºBPM disponibilizam locais para que seja feito o Boletim de Ocorrência, que vai facilitar e muito. Na realidade, na medida em que nós tivermos esses registros, eles vão facilitar - e muito - o trabalho da Brigada Militar. Agora nós queremos a aproximação da Brigada Militar com o grêmio estudantil e com a associação de pais e mestres para que os futuros alunos, à medida que forem assaltados ou vitimizados naquela região, façam o seu Boletim de Ocorrência e que a direção também faça os seus informes. Deparamo-nos com dois locais onde há maior incidência de atos violentos, ou seja: no deslocamento da Av. João Pessoa, na Vila Ipiranga, até o Colégio Protásio Alves, onde grande parte dos alunos é da Zona Leste, e em frente ao Ginásio Tesourinha, que é o Centro Municipal de Eventos de Cultura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. São esses os dois locais, onde, segundo relato dos alunos e dos professores, têm uma maior incidência.

Também tivemos a oportunidade de lá tratar da figura do PM residente, e tem um PM residente, só que esse PM residente não é do 1º Batalhão. Então, também se tratou desta possibilidade do deslocamento de algum PM do 1º Batalhão ou talvez até do próprio 9º Batalhão, de morar naquele local. Isso facilitaria - e muito - a ação da Brigada.

Mas trago a público este relato, que eu acho que é importante. Mais uma vez, a Câmara Municipal de Porto Alegre foi chamada, eu estava aqui no meu gabinete. Fomos ao encontro da população, acolhemos, e aqui eu quero fazer esse registro do entendimento, do acolhimento por parte do Cel. Maciel, 1º Comandante de Policiamento da Capital.

Então, Sr. Presidente, faço este registro, e vamos agora, ao longo deste tempo, acompanhar - o Ver. Pujol, como Presidente da Comissão de Educação, eu sei que também vai se empenhar - para que nós possamos então ter maior entendimento, que possamos minimizar o índice de assaltos e furtos naquela região. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas, quero, em meu nome e em nome do Ver. Prof. Alex Fraga, cumprimentar vários ativistas nesta tarde extremamente chuvosa; aliás, um dia bastante crítico na nossa Capital em que, mais uma vez, houve problemas de energia elétrica, causando problemas nas sinaleiras; houve problemas de entupimento de alguns bueiros, causando grandes transtornos a nossa população. Eu quero cumprimentar, primeiro, os ativistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que estão há mais de trinta dias lutando pelos direitos da categoria diante dos ataques dos governos; os da UFCSPA; os do Instituto Federal, que estão conosco na tarde de hoje.

Nosso primeiro projeto, Ver.ª Jussara, é uma Moção de Apoio à greve, e nós vamos ter oportunidade de discutir. Quero cumprimentar os líderes do movimento estudantil de vários grêmios, do Movimento Juntos, da UEE, da Umespa, que também estão aqui muito atemorizados com a possibilidade de verem plebiscitado um direito conquistado pelos estudantes, que é o meio passe e que nós, inclusive, lutamos para que um dia vire passe livre, garantindo para os jovens da nossa Porto Alegre o direito de ir e vir, em uma lógica em que o transporte é parte fundamental da vida da nossa população, e não objeto de lucro de meia dúzia de empresários que sempre aumentam a tarifa acima da inflação, massacrando os rodoviários e cobrando altas tarifas da nossa população. Estamos recebendo a carta, eu e o Ver. Prof. Alex, assinada por mais de trinta grêmios estudantis, pedindo o adiamento desse projeto. E tenho certeza de que vários Vereadores vão ter a oportunidade de, na tarde de hoje, conversar com vocês. Quero cumprimentar os ativistas da Cultura, que também estão aqui na tarde de hoje para acompanhar e trazer as discussões com relação ao Plano Municipal de Cultura.

Nesse tempo, Presidente, eu quero continuar de onde o Ver. Professor Garcia parou em relação à questão do Colégio Protásio Alves. Nós também estivemos lá, eu e o Ver. Prof. Alex, durante a mobilização da juventude e da comunidade escolar; foi uma mobilização com os professores, com os estudantes, com pais e mestres diante da grave situação em que se encontra o entorno do colégio Protásio Alves, mas que, na verdade, evidencia uma realidade global do Município de Porto Alegre, que é uma lógica do Governo Sartori e dos governos anteriores de retirar direitos, de retirar verbas daquilo que é muito importante para a nossa população. Vocês sabem muito bem que, na terça passada, houve uma passeata com mais de dez mil brigadianos, justamente falando o que nós vimos e evidenciamos durante a semana com relação ao aumento de casos relacionados à insegurança e, nesse caso grave do Protásio, com o esfaqueamento de um jovem de 18 anos, que segue internado no hospital. Nós vimos mais de dez mil brigadianos cobrando e combatendo o corte de verbas na segurança pública, o corte de verba até na gasolina, o corte das horas extras, o congelamento do chamamento dos brigadianos, uma lógica que impõe, por exemplo, uma LDO que vai ser votada amanhã, que prevê o congelamento do conjunto do funcionalismo, dos professores, dos servidores públicos estaduais, dos brigadianos, dos policiais civis, ou seja, uma lógica e um contexto numa tentativa de repassar para as costas da classe trabalhadora o pagamento da irresponsabilidade dos governos, que seguem pagando a dívida com a União, seguem pagando a dívida pública, que financia os cientistas e os grandes banqueiros. Nós estivemos lá acompanhando essa mobilização, e é muito importante, Professor Garcia, que haja o compromisso de termos uma viatura acompanhando, um policiamento na região, mas é preciso um plano de segurança. É preciso uma garantia efetiva, também, da melhoria da iluminação no entorno do Colégio Protásio Alves e dos outros colégios da região – Emílio Massot, Ignácio Montagna. Nós falamos com a diretora, com a nossa companheira presidente do grêmio, Ana Paula Santos, com jovens que estavam mobilizados, e nos últimos 20 dias foram mais de 15 casos de assalto no entorno do Colégio Protásio Alves. Já haviam sido notificados os batalhões da Brigada Militar, e havia uma tentativa de repassar, entre o 1º e o 9º Batalhão, a responsabilidade daquela região. Nós ficamos muito contentes que se avançou no sentido de garantir, pelo menos, o policiamento no entorno nos próximos dias, mas precisamos da apresentação de um plano que siga sendo executado e construído com a comunidade escolar, que lutou, que se mobilizou e que colocou um dia de aula na rua, diante da gravidade da situação que ocorreu aos estudantes e ao jovem estudante do Colégio Protásio Alves.

Então, queremos, eu e o Ver. Alex Fraga, convidar todos, porque, na quinta-feira, a CEDECONDH fará uma reunião extraordinária sobre o tema, para que possamos seguir lutando por mais direitos e, sobretudo, contra os cortes de verbas da segurança, da saúde, da educação, porque sabemos que o Brasil é a 6ª economia do mundo; infelizmente, esses recursos não estão nessas áreas, nem na cultura, porque 50% disso vai para financiar uma lógica de drenar recursos públicos para uma elite econômica, que é parasita dos recursos públicos. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; boa tarde a todos, ativistas e membros do nosso Conselho Municipal da Cultura que hoje enriquecem a nossa tarde aqui, bem como os membros do movimento estudantil referidos pela Ver.ª Fernanda Melchionna. Venho aqui, mais uma vez, falar do mesmo problema, que muitos falam, da violência, da segurança pública, Ver.ª Sofia, mas sempre batendo na mesma tecla: a de que nós estamos seguindo numa perspectiva equivocada. Eu divirjo de que o problema simplista seria a falta de efetivos, embora esse também seja um problema importante de se discutir.

O jornal Zero Hora traz, hoje, uma matéria que mostra que os homicídios de adolescentes cresceram 61% na Região Metropolitana no primeiro semestre deste ano – só a nossa Cidade perdeu 17 adolescentes vítimas de homicídios. Talvez, por serem filhos da periferia, por serem negros, esse assunto – a morte de 17 jovens – não provoque a comoção que deveria. Eu fico imaginando a comoção que haveria nesta Cidade se fossem 17 filhos estudantes de colégios privados, moradores do bairro Moinhos de Vento... Mas a vida tem dois pesos na nossa Cidade e no nosso País, na concepção de segurança pública.

Infelizmente, eu não posso nem criticar a política de segurança do atual Governo, porque eu não sei qual é, já que o Governador Sartori não disse absolutamente nenhuma palavra. Eu fico aqui à disposição para saber qual é, Ver. Cecchim, V. Exa. que tem uma fixação pelo meu partido. Eu não quero críticas, eu quero saber qual a política de segurança do Governo do meu Estado, quero saber quais são as diretrizes, a orientação, a concepção e a estratégia, porque, até o momento, o que se ouve, o que se sabe é que a estratégia é encher os presídios com mais jovens da periferia, é aumentar a mão pesada que tem, nas madrugadas, na periferia, contra os adolescentes, contra a juventude.

Eu estou dizendo isso porque, hoje, nós vamos votar o Plano Municipal de Cultura; e a maior ferramenta que nós poderíamos usar para vencer a violência, se o Sr. Prefeito e o Sr. Vice-Prefeito realmente tivessem compromisso com a juventude de Porto Alegre, seria o fortalecimento da cultura do Município, seria investir em cultura, para que nós pudéssemos reduzir a violência. Eu sonho com o dia em que aqueles que falam grosso contra a criminalidade, que estão lá no Congresso agora, que parecem muito empenhados contra a criminalidade – falam grosso, falam firme, dizendo que querem reduzir a maioridade penal... Eu gostaria que eles tivessem essa mesma energia para lutar pelo aumento da verba para a cultura nos Municípios, porque isso é muito mais efetivo para reduzir a violência e salvar, por exemplo, os 17 “Joãos, Pedros, Paulos”, adolescentes de Porto Alegre que não chegaram na maioridade nesse semestre, porque nossa Cidade não investe em cultura, porque nós continuamos repetindo uma concepção de segurança pública que, no mundo, todas as pesquisas já demonstraram que não funciona, que é o aumento do encarceramento, que é a criminalização da segurança. Nós precisamos de projetos que integrem esses jovens na escola, cultura, saúde; todos juntos com a nossa Guarda Municipal, integrados, articulados no território com a Brigada, com a Civil; não para encher presídios, mas para salvar jovens. Isso é uma outra concepção de segurança e é possível de ser implementada.

Eu li uma matéria que saiu neste domingo no famoso jornal New York Times – para não dizerem que é coisa de petista – em que o atual Prefeito, Ver. Professor Garcia, da nona cidade mais perigosa dos Estados Unidos disse que a primeira coisa que ele fez, há cinco anos, foi pedir à polícia que trouxesse até a sala dele os cinco jovens mais perigosos do Município e ofereceu para eles um programa de mil dólares por mês para que entrassem em programas de esporte e cultura. Cinco anos depois, essa cidade reduziu os homicídios em 85%. Existe um outro caminho, existe uma outra solução para vencermos a violência e pararmos de perder e chorar a juventude pobre, principalmente, da nossa Porto Alegre, que perdeu mais adolescentes vítimas de violência neste ano do que em qualquer outro ano da sua história. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Ver. Professor Garcia, primeiro tem que concordar com o projeto para falar no tempo de oposição. Estava aqui se lançando, e eu espero que concorde, porque acho que hoje temos temas importantes, generosos e que todos nós gostaríamos que esta Câmara, na sua unanimidade, apoiasse.

Hoje vamos votar o Plano Municipal de Cultura. O Plano Municipal que veio para cá não está à altura da luta dos artistas, dos ativistas culturais, Ver. Kevin Krieger; não corresponde ao que saiu na Conferência de Cultura e não corresponde, também, ao Plano Nacional e à estatura que Porto Alegre já deu à sua cultura, porque veio um Plano para cá sem metas, um Plano apenas com princípios gerais e que nós não entendemos que projete qualquer coisa para a cultura de Porto Alegre nesta forma. O Sindicato dos Artistas e os membros do Conselho de Cultura já estiveram conosco no ano passado, já estiveram na Comissão de Educação, já propuseram emendas. Nós queremos que este Plano, Ver.ª Lourdes, Ver. Kevin, Ver. Pujol – o Ver. Pujol está dirigindo a CECE neste ano –, possa ser resultado de um diálogo. No final do ano passado, já houve um recuo na intenção do Governo, no art. 81, de votar e aprovar. E nós entendemos que, se fosse aprovado assim, Porto Alegre perderia mais uma vez a oportunidade de implantar-se no cenário nacional, de conseguir trazer para cá recursos e de se colocar em caminho, passo a passo ao lado dos nossos artistas, dos nossos sindicatos, que vêm lutando tanto por recursos na cultura e para que Porto Alegre faça adesão ao programa Mais Cultura, aos pontos de cultura, que Porto Alegre faça o seu sistema, de fato, funcionar.

Tivemos, na semana passada, uma Tribuna Popular demonstrando que, em vez de avançar, infelizmente, temos vários espaços culturais fechados na cidade de Porto Alegre, com problemas de manutenção, com pouquíssimos recursos para dar condições aos nossos artistas apresentarem a sua arte, desenvolverem a sua arte, que dirá a descentralização da cultura, o trabalho na ponta, que chegue ao conjunto da nossa Cidade. De outro lado, quero abraçar aqui os funcionários da UFRGS que já estiveram conosco em Tribuna Popular, que estão numa luta valorosa e importante, uma luta que todos nos somamos, porque fortalece a Universidade Pública. Não é uma luta corporativa. Já afirmei aqui, publicamente, que somos contrários a essa política econômica, somos contrários a um ajuste que atinja os trabalhadores e que atinja, em especial, a educação, como estamos vivendo hoje neste País. Nós defendemos outra política econômica! Defendemos que baixem os juros! Defendemos que quem pague a conta de alguma necessidade de recuperação financeira do Estado brasileiro sejam os que mais ganham, sejam os que têm para acumular, os que têm herança, os que especulam no sistema financeiro! Nós estamos fazendo um processo ao lado dos movimentos sociais de contestação dessa política e desse ajuste! E também, internamente, ao Partido dos Trabalhadores! Hoje, tivemos uma reunião da Direção Estadual com Deputados Federais e Estaduais reafirmando a Carta de Porto Alegre, questionando a Direção Nacional do Partido, a Presidente Dilma, que é urgente e necessária a mudança dessa política econômica, a preservação de áreas estratégicas e a realização do programa eleito em outubro de 2014! Quero dizer para vocês que há, sim, uma pressão interna, uma pressão social e um apoio de grande parte do Partido dos Trabalhadores para que se altere esse cenário. E a luta de vocês se encontra nesse marco! E a educação, feita pelos trabalhadores docentes e não docentes – sabemos que muitos docentes deste País também estão em greve – precisa fazer as grandes disputas do recurso público, do orçamento público deste País, junto com o conjunto dos trabalhadores. Nós não aceitamos a mudança no modelo de partilha do Pré-Sal, porque os royalties do petróleo têm que vir para a educação, como nós já conquistamos na legislação brasileira. E participar desse movimento, apoiar a Assufrgs significa disputar logo 10% do PIB para a educação brasileira. E, assim, valorizados os trabalhadores, as trabalhadoras, valorizada a política pública de educação, que seja acessível a todos e de qualidade, que coloque o País rumo a um outro desenvolvimento, pelo investimento e conhecimento em tecnologia. Parabéns por esta luta, parabéns também para a nossa juventude que aqui está dizendo: “Nenhum benefício a menos!” Sei que apoiam a luta dos educadores, dos profissionais da educação, e nós estamos junto com os jovens das várias universidades. Falo aqui em nome dos três partidos, dos vários níveis de ensino que não aceitarão perder o passe livre, perder a possibilidade de circular e chegar à sua escola; ao contrário, queremos ampliar, queremos passe livre para todos. Viva a educação, viva a cultura!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, passei meu tempo como Líder de oposição à Ver.ª Sofia, pela importância da temática que a Vereadora trouxe aqui. Vou usar esse meu tempo de Liderança, e naturalmente voltarei à tribuna em outros momentos, seja para me pronunciar em relação à discussão do Plano Municipal de Educação, seja em relação aos meus colegas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a nossa greve vitoriosa, que tem que ter a força desta Câmara Municipal. Temos uma Moção que vai ser votada hoje, está na priorização de votação, e – combinando com a Ver.ª Fernanda Melchionna – estou colhendo assinaturas de mais Lideranças, porque, quanto mais Lideranças assinarem aqui, mais reforços nós teremos não só num ato simbólico de votação, mas também nesse compromisso assinado numa Moção que é estratégica neste momento da luta dos trabalhadores da UFRGS, da qual eu pertenço, sou funcionária administrativa aposentada da nossa Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Queria, também, me dirigir às entidades estudantis que estão aqui, que vêm aqui e se manifestam contrariamente ao PLL nº 122/13, que convoca plebiscito para discutir as isenções de Porto Alegre. Foi nos entregue um abaixo-assinado, com a manifestação contrária ao PLL nº 122/13, das seguintes entidades: União Nacional dos Estudantes – UNE, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES; União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas – UGES; União Estadual dos Estudantes – UEE; União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre – UMESPA; DCE UFRGS; DCE PUC; DCE IPA; DCE FARGS; DCE UNIFIN; DCE FADERGS; Grêmio Estudantil do Protásio Alves; Grêmio Estudantil do Emilio Massot; Grêmio Estudantil do Rosário; Grêmio Estudantil do Anchieta; Grêmio Estudantil do Rafaela Remião; Grêmio Estudantil do Sarmento Leite; Grêmio Estudantil do Elmano Lauffer; Grêmio Estudantil do Glicério Alves; Grêmio Estudantil do Dom Diogo de Souza; Grêmio Estudantil do Feijó; Grêmio Estudantil do Piratini; Grêmio Estudantil do Americano; Grêmio Estudantil do Bom Conselho; Grêmio Estudantil do Maria Imaculada; Grêmio Estudantil do Monteiro Lobato; Grêmio Estudantil do Marista Assunção; Grêmio Estudantil do Marista Ipanema; Grêmio Estudantil do Santa Inês; Grêmio Estudantil do Aplicação; Grêmio Estudantil do Irmão Pedro; Grêmio Estudantil do Pastor Dhoms; Grêmio Estudantil do Wenceslau; Grêmio Estudantil do Irmão Jaime; Grêmio Estudantil do Chico Mendes; Grêmio Estudantil do Victor Issler; Grêmio Estudantil do Costa e Silva; Grêmio Estudantil do Oscar Pereira; Grêmio Estudantil do Santa Tereza; Grêmio Estudantil do Emilio Meyer; Grêmio Estudantil do Roque Gonzáles; Grêmio Estudantil do Marista São Pedro; Grêmio Estudantil do Cristóvão Colombo; Grêmio Estudantil do Agrônomo; Grêmio Estudantil do Paraná; Grêmio Estudantil do Anísio Teixeira; Grêmio Estudantil do Jean Piaget; Grêmio Estudantil do Oscar Tollens; Movimento Juntos, Movimento Educação e Trabalho; Movimento Mutirão; Juventude do PTB; União da Juventude Socialista – UJS; Juventude Socialista Brasileira – JSB, e Juventude Pátria Livre – JPL.

É bom que fique marcado nesta Câmara Municipal, porque, para mim, para o PCdoB, não passa de tirar direitos conquistados com muita luta, seja dos estudantes, seja dos idosos. Essas isenções não foram dadas de graça! Essas isenções são isenções conquistadas com luta. Nós votamos contra a solicitação para assinar o documento e vamos votar contra esse projeto de lei. Porque a questão da discussão das passagens, na cidade de Porto Alegre, está ligada à gestão pública, pois tem que ter gestão para a questão do transporte coletivo. Isso serve para alertar sobre a questão da mobilidade urbana - o que nós temos que fazer, dentro da reforma urbana, é mobilidade urbana, pois isso é decisivo, é estratégico - e também para colocar o dedo na ferida do lucro dos empresários, e não tirar conquistas dos trabalhadores, dos idosos, dos estudantes. E sempre, na história deste País, a luta dos estudantes é decisiva. Aqui ninguém está pedindo esmolas, aqui estamos dizendo que direitos conquistados não retrocedem. Vamos colocar o dedo na ferida da gestão e do empresariado, que, ao seu bel prazer, aumenta as passagens até hoje sem uma planilha que diga o significado desse aumento. Então, eu acho que isso aqui une a todos nós, porque essa questão das passagens, do transporte urbano da mobilidade urbana é uma luta que tem que passar por toda sociedade de Porto Alegre.

Quero dizer que no momento da discussão da Moção de Solidariedade que diz respeito ao caso de funcionários administrativos de três universidades federais, nós vamos fazer uma discussão mais aprofundada. Mas os companheiros já sabem que, se nós queremos uma Pátria educadora, como a nossa Presidente Dilma falou, esse é o momento de colocar na prática o significado da Pátria educadora. Porque não se faz educação sem a participação dos servidores administrativos! Nós somos um elo – eu tenho 32 anos de carreira na UFRGS – nessa educação que nós precisamos, qual seja, ver como saem aqueles que entram na universidade, vendo, inclusive, qual o currículo é apresentado pelas universidades federais, que formam homens e mulheres, para que os formemos numa concepção mais avançada, no sentido de construir uma Pátria educadora, soberana e democrática. E nós, servidores públicos, somos estratégicos nesse processo.

Quanto aos companheiros da cultura, vamos aprofundar num momento oportuno, porque cultura é fator de soberania e democracia; cultura é fator de expressão da nossa maior riqueza, que é a nossa diversidade humana e cultural. Ou seja, a cultura não pode ser tratada desta forma: mandar um projeto sem que os que fazem a cultura tenham a perspectiva de participação, de decisão e de elaboração, também, dos planos de cultura. Nós fizemos isso com a questão da elaboração do Plano Municipal de Educação, inclusive a oposição teve um papel decisivo aqui no sentido de resgatar a metade dos itens que tinham sido tirados, inclusive garantindo a eleição democrática dos diretores de escolas. A cultura, numa cidade como Porto Alegre, que é a Capital do Fórum Social Mundial, um Estado que tem uma riqueza cultural, dentro de uma Nação que tem a enorme diversidade e riqueza cultural, só que vivemos também um momento de muito atraso e reacionarismo na sociedade brasileira, e num momento assim, nós temos que reforçar a cultura nacional, a cultura brasileira, mas não uma cultura imposta, aquela cultura que surge das dinâmicas populares, daqueles que realmente fazem arte e cultura, porque cultura também é fator de saúde mental, física e espiritual da nossa população.

Hoje a gente vai ter uma tarde chuvosa e muito dinâmica, e vamos vir a essa tribuna em todos os momentos, para mostrar que num momento como esse, de discussões de três pautas estratégicas para Porto Alegre e para a Nação, que a gente tem que ter lado. E se nós participamos, como o PCdoB participa, nessa luta enorme, na busca inclusive de uma frente nacional em defesa da democracia, da soberania e da Constituição brasileira, para enfrentar o momento de ascensão das forças reacionárias e entreguistas deste País, temos que pautar essa frente e pautar nossa luta por propostas cada vez mais avançadas, para que o Brasil seja esta Nação democrática, soberana, com desenvolvimento e justiça social que sirva ao povo brasileiro. É isso.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h5min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A Sra. Fernanda Melchionna (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar a votação do Requerimento nº 075/15, como já está previsto no espelho da Sessão, e, depois, o PLL nº 095/15, de autoria do Ver. Professor Garcia. Após retornaremos à ordem normal.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Fernanda Melchionna. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 075/15 – (Proc. nº 1458/15 – Verª Fernanda Melchionna e Ver. Prof. Alex Fraga) – requer Moção de Solidariedade com os técnicos administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS, em greve desde 28 de maio de 2015.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 075/15. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 075/15, como autora.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas, Sr. Presidente, eu queria dizer que o projeto original, a moção, foi protocolada por mim e pelo Ver. Prof. Alex Fraga, mas os técnicos estiveram aqui fazendo uma Tribuna Popular, Berna, em que várias Lideranças assinaram uma moção que é muito singela, mas que, primeiro, registra o apoio da Câmara de Vereadores de Porto Alegre à pauta justa, necessária, de uma categoria que está há quase dois meses em greve. A Ver.ª Jussara Cony me disse que já tem 17 assinaturas de Vereadores e Vereadoras, colocando, primeiro, o nosso apoio incondicional à greve dos trabalhadores, dos técnicos administrativos, que ocorre em todo o Brasil. Então, é uma greve que atinge a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma das melhores universidades do País; a UFCSPA, que também cumpre um papel fundamental, Ver. Prof. Alex, no desenvolvimento de novas tecnologias e de uma política pública de saúde, como foi falado na audiência pública, que ocorreu pela manhã na Assembleia Legislativa, pela companheira Berna; os Institutos Federais do Rio Grande do Sul, que infelizmente nós temos, primeiro, a ausência de uma data-base para a categoria dos técnico-administrativos. Em segundo lugar, nós temos o mais baixo piso de todo o conjunto do funcionalismo público, querida Iara, nos técnicos administrativos das nossas universidades. Para completar, nós temos a ausência de uma proposta concreta. Nós temos a tentativa sistemática do Governo, de numa política intransigente, de não abrir negociação com essa valorosa categoria. Nós temos, até o presente momento, uma proposta que sequer repõe as perdas salariais do conjunto dos técnicos administrativos das universidades públicas brasileiras. Então, é muito importante que a gente aprove por unanimidade esta Moção, porque, além de apoiar a luta dos técnicos, ela exige a reabertura de negociação. E a Câmara de Vereadores, se pronunciando junto com os Deputados Estaduais, pleiteando para que a bancada federal interceda e cobre do Governo a abertura imediata de negociação, porque é inaceitável que a “Pátria educadora” já tenha cortado R$ 10 bilhões da educação pública neste País, Ricardo. É inaceitável que 75% das verbas da pós-graduação estejam contingenciadas neste momento, que as bolsas estejam sob risco. Vocês sabem que hoje, na universidade federal – falo isso aos nossos conselheiros da cultura, aos nossos estudantes que estão lutando pela defesa do meio-passe –, três prédios estão interditados por falta de financiamento, e os estudantes universitários estão tendo aula nas escolas públicas do Estado do Rio Grande do Sul. Tudo isso é parte de uma política de sucateamento, que tira dinheiro da educação pública, que corta recursos do Pronatec, que não investe como prioridade na abertura de vagas nas universidades federais.

Quando eu militava no movimento estudantil – eu tenho muito orgulho de ter vindo do movimento estudantil da UFRGS –, em muitas greves eu estive junto com os técnicos e com os meus colegas estudantes. Naquela época, nós tínhamos 30% das vagas, apenas do Ensino Superior, nas universidades federais, e nós cobrávamos do Governo Fernando Henrique. Eles estão invertendo o tripé, estão abrindo vagas nas universidades privadas, em detrimento das universidades federais. Hoje, menos de 12% das vagas do Ensino Superior estão nas universidades públicas. Nós precisamos discutir e apoiar uma luta que mantenha a universidade pública como um mecanismo, um tripé que vincule educação, que vincule extensão e que vincule a produção de pesquisa, mas produção de pesquisa para resolver os problemas da desigualdade social do nosso País, a pesquisa voltada a atender os interesses populares, as demandas sociais, e não as cláusulas de sigilo, que fazem com que muitas das nossas pesquisas vão direto para determinados grupos econômicos, com o dinheiro de todos os brasileiros e brasileiras, com o dinheiro de muitos que ainda não podem estar na universidade federal, dos filhos e filhas das empregadas domésticas, dos pedreiros, dos trabalhadores, dos funcionários públicos. Todos pagam imposto para que a gente financie a universidade, e nós precisamos que se financie mais a universidade, que se financie os trabalhadores que permanecem na universidade. Nós temos 80% dos técnicos com pós-graduação, com mestrado, com doutorado e que acabam saindo das universidades pelos baixos salários. Nós precisamos investir na carreira dos professores, professores vinculados à produção de pesquisa para a nossa sociedade. Nós precisamos garantir a permanência dos estudantes numa universidade que garanta assistência, que garanta aos filhos dos trabalhadores restaurante universitário, casa do estudante, políticas de permanência. Infelizmente, nós vemos os cortes absurdos do Governo Dilma numa pasta tão importante, que faz com que neste momento, dois meses, nós tenhamos greve nas universidades daqueles que constroem cotidianamente a universidade e que infelizmente não têm a data-base reconhecida, não têm a negociação do governo. Estes, infelizmente, são obrigados a seguir numa greve diante dessa intransigência e corte de verbas nas áreas essenciais para seguir pagando uma dívida pública impagável e que majoritariamente financia os grandes banqueiros e os grandes empresários do Brasil e do mundo. Portanto, todo apoio à luta de vocês. Contem com a nossa bancada e nós esperamos, já temos 17 assinaturas - Ver.ª Jussara, que vai pegar agora a assinatura do Ver. Reginaldo Pujol - que esta moção seja aprovada por unanimidade, porque é uma forma de fortalecer a luta de vocês e obrigar o Governo a abrir negociação de fato.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 075/15.

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, acho que esta proposição não enseja maior discussão. A solidariedade requerida para com os servidores públicos das instituições federais de Nível Superior e Técnico se impõe por uma necessária atualização dos planos de carreira hoje existentes, e em alguns casos até inexistentes, e também pela circunstância de que se faz necessário que também os servidores públicos federais possam ter a expectativa de uma adequação da sua matriz salarial como também os têm os servidores do Estado, e como também os têm os servidores do Município. Aqui no Município nós procuramos atender, dentro das nossas dificuldades sobremaneira conhecidas. Por isso, e sem mais delongas, quero não só assinar a proposição, como publicamente manifestar minha solidariedade. Disse isso à Ver.ª Jussara Cony, disse isso à Ver.ª Fernanda Melchionna, e agora torno público. Concito a todos que a gente acompanhe os requerentes e que, se possível, se consagre por unanimidade esta proposta.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 075/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1101/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/15, de autoria do Ver. Professor Garcia, que inclui a efeméride Dia do Rock no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 13 de julho.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Rodrigo Maroni: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 06-07-15 por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 095/15. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 095/15.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste hoje, 13 de julho de 2015, e por este motivo solicitamos que fosse votado hoje o Dia do Rock. Treze de julho é conhecido como o Dia Mundial do Rock. Tudo começou em 1984, quando o músico irlandês Bob Geldof, que cantava nos Boomtown Rats, ficou impressionado ao ver uma matéria na BBC sobre a crise humanitária pela qual passava a Etiópia. As imagens até hoje chocam. Eram milhares de homens, mulheres e crianças situadas em enormes campos e morrendo de fome. Geldof reuniu grandes nomes da música para cantarem juntos. No dia 25 de novembro, uma verdadeira constelação do pop inglês estava reunida para gravar a canção Band Aid, que também era o nome da banda composta por Boy George, George Michael e Sting, membros do Duran Duran, Spandau Ballet, Bono Vox, entre outros músicos ou conjuntos musicais. Três dias depois, foi lançado o single do Band Aid. O resultado é que este foi o single mais vendido na história da Inglaterra. Em seguida, os americanos se uniram à causa e lançaram We Are The World, pelo USA For África, a causa era nobre, e o movimento não parou”.

Em 13 de julho, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia. O resultado do evento foi uma renda de US$ 283 milhões. O dinheiro foi doado para a caridade durante o evento, e Phil Collins sugerir que a data fosse conhecida como o Dia Mundial do Rock.

Como se não bastasse, essa data também coincide com o dia de formação do grupo The Rolling Stones, 13 de julho de 1962. Foi assim que o 13 de julho passou a ser considerado o Dia Mundial do Rock. Essa movimentação serviu para provar que é possível unir o mundo inteiro por uma causa por meio do poder e da linguagem universal da música.

Em Porto Alegre a data também é comemorada há alguns anos por meio de shows promovidos por rádios locais. Nas ondas das rádios da capital gaúcha, é possível acompanhar o dia 13 de julho como o Dia do Rock.

Recentemente eu recebi o vocalista da Banda Tequila Baby, Duda Calvin, que nos sugeriu que Porto Alegre tivesse a sua efeméride o Dia do Rock de forma consagrada. E assim ingressamos com um projeto, e hoje esperamos contar com o apoio de todos os Vereadores para que possamos sair, nesta data, a Câmara de Vereadores, com essa aprovação que incluir a efeméride Dia do Rock no Calendário de datas comemorativas e da conscientização no Município de Porto Alegre.

Pode parecer, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, um projeto simples, mas quero dizer que o Dia Mundial do Rock é comemorado em todos os lugares do mundo, e Porto Alegre faz parte do mundo, quer ser parte do mundo, e aqui quero parabenizar o Duda por trazer essa iniciativa. Parabéns, Duda, vocalista do Tequila Baby, e esperamos a votação. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 095/15.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, em nome da Bancada do PT, queremos apoiar este registro importantíssimo, e este dia também, porque, para nós, o rock é formador da nossa juventude, da contestação, da nossa construção de seres contestadores, partícipes da sociedade, representativo da juventude, e do espaço que a juventude reivindica, da irreverência - sem dúvida nenhuma. Só não queremos que seja apenas uma data. E eu vim aqui dizer que nós apoiamos, porque ao lado de marcar datas importantes como esta, nós temos propostas para a cultura, e já realizamos, e por isso são consideradas exequíveis.

E começo a abrir o debate do plano, que logo votaremos, dizendo que é um plano para 10 anos para a cultura de Porto Alegre, e propõe que, em 5 anos, se chegue a 1,5% percentual das receitas líquidas do Município de Porto Alegre aplicado em cultura; e, em 10 anos, se chegue a 3% das receitas líquidas da Prefeitura Municipal em investimento em cultura.

E nós entendemos que esse investimento é essencial, porque é uma sociedade que não tem a possibilidade da representação simbólica da cultura, da representação que contesta, que reflete, que problematiza, que sacode, que movimenta as ideias, o senso comum, o nosso costume; o nosso modo de estar no mundo; que contesta e problematiza as verdades colocadas como inexoráveis. Sem isso não há sociedade que encontre saídas para tantos dilemas que a humanidade ainda vive.

Nós estamos muito longe de construir paz, harmonia, e vida sobre esta terra. Onde tem menos cultura, mais se instala a violência, mais se instala o autoritarismo, mais se instala o preconceito de toda ordem. Então, longe daqueles que acham que cultura é enfeite, é perfumaria, e que, se tiver, que bom; se não tiver, a gente sobrevive igual. Eu considero que está na essência da realização da nossa humanidade o investimento em cultura, a possibilidade da fruição, a possibilidade da realização da arte, do ato cultural.

Quero parabenizar o movimento que marca, Ver. Professor Garcia, através de V. Exa., o Dia do Rock. Também quero pedir a todos, Ver.ª Fernanda, que aprovem as emendas que nós estamos encaminhando; tendo em vista que todas elas são resultado do debate desta Cidade, Ver. Professor Garcia, queremos que V. Exa. nos ajude. Uma dessas emendas marca recursos para a cultura; as outras recuperam o protagonismo dos artistas, dos jovens, dos ativistas culturais na produção da sua cidade, através da política de cultura, recuperam o construído na conferência, recuperam o acumulado de uma Cidade que tem muita qualidade, mas muito pouco investimento. Apesar disso, nos orgulhamos da produção cultural desta Cidade. Viva o rock e viva a cultura de Porto Alegre!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o PLL nº 095/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Emenda nº 12, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, ao PLE nº 025/14.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Delegado Cleiton solicitando dispensa do envio da Emenda nº 12 ao PLE nº 025/14 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

A Sra. Jussara Cony: Sr. Presidente, nós estamos sem possibilidade de painel.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Sim, será manual.

 

A Sra. Jussara Cony (Requerimento): Eu solicito verificação de quorum para vermos se temos dois terços dos membros, como determina a votação do próximo projeto, o PELO nº 002/12, mas não impede a votação, se tivermos quorum, para os outros projetos.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito ao Ver. Kevin Krieger que proceda à chamada nominal para verificação de quórum, solicitada pela Ver.ª Jussara Cony. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) Há quórum.

 

O Sr. Clàudio Janta (Requerimento): Solicito a retirada do PLL nº 122/13 da priorização de votação e que se vote no seu lugar na ordem de votação o Requerimento nº 034/14. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Nós votaremos o seu Requerimento, Ver. Clàudio Janta, logo após a votação do PELO nº 002/12, que já está em votação.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. Nº 0307/12 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/12, de autoria do Ver. Sebastião Melo e outros, que inclui inc. XXII no art. 94 e § 6º no art. 116 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, incluindo o Programa de Metas (Prometa) no rol de competências privativas do prefeito e determinando que as leis orçamentárias incorporem as prioridades, os indicadores de desempenho e as metas quantitativas e qualitativas desse Programa. (desarquivado pela Verª Jussara Cony) Com Emendas nºs 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Luiza Neves: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação da Emenda no 02.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 16-03-15;

- adiada a votação por uma Sessão em 29-06-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, em 2º turno, o PELO nº 002/12. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 29 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1205/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/15, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à doutora Ivone da Fonseca Garcia.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 06-07-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 103/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 30 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0877/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 014/15, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Rádio Esperança Ltda. – ME.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 08-07-15 por força do art. 81 da LOM.       

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PR nº 014/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1138/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/15, que altera a ementa, o caput do art. 1º, os §§ 1º e 2º e o caput do art. 2º da Lei nº 11.693, de 1º de outubro de 2014, que autorizou o Executivo Municipal a contratar operação de crédito no Programa do PMAT – BNDES, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 122, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 22-06-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 011/15. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Vereadores, Vereadoras; Ver.ª Sofia, fizemos uma conferência da legislação anterior com a nova, mandada pelo Governo, e na verdade a alteração é que permite a contratação de outras instituições de créditos oficiais desde que a taxa de juros seja menor. Mas a minha dúvida política com relação ao projeto é no sentido de que o Governo está destinando R$ 20 milhões para o PMAT. Este não está no projeto em tramitação agora, mas foi já aprovado e é o que altera, inclusive, a redação anterior – contratar empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 20 milhões para o programa de modernização da administração tributária e da gestão dos setores sociais básicos automáticos. A minha dúvida é com relação, primeiro, a por que um montante tão alto para este programa, e, segundo, o que me parece muito importante, é o endividamento do Município de Porto Alegre. Todas as Capitais assumiram ao longo dos anos uma política de endividamento, inclusive para obras muitas vezes desnecessárias, o que foi comprometendo o conjunto dos cofres públicos municipais. Nós temos a pesquisa que foi feita com relação às Capitais que receberam a Copa do Mundo, e houve lugares em que se atingiu o índice de endividamento de até 100%, comparado com o anterior. Porto Alegre, se não me engano, foram 37% para obras, algumas necessárias, mas a ampla maioria, desnecessárias, que, inclusive, não estão prontas. Nós participamos, ativamente, por exemplo, da obra de duplicação da Rua Anita Garibaldi, da construção do túnel. Durante as audiências públicas lá, o povo dizia que tinha uma rocha, que era impossível fazer a obra, e o Governo não deu bola. Foi comprovado que a tal da rocha está lá. A obra está parada, e tem todo um aditivo para conseguir uma máquina que possa tirar essa rocha. Essa era uma obra, ainda, de mobilidade urbana.

Eu me escrevi, justamente, porque R$ 20 milhões para um programa de automação, digamos, da gestão tributária em um Município que já contratou, por exemplo, o SIAT, a um custo de R$ 6 milhões, e foi anunciado pelos trabalhadores da Procempa – inclusive o Presidente Mauro Pinheiro presidiu uma CPI – que esses R$ 6 milhões foi um dinheiro que foi posto fora, porque tinha, inclusive, renovação de contrato. O Tribunal de Contas teve que intervir para garantir que esses recursos não fossem gastos. A Prefeitura passou a arrecadar menos. É uma coisa insana, perdeu-se dinheiro do IPTU...

Então esse é o nosso nó, até porque falamos para o Ver. Kevin Krieger, Líder do Governo do desta Casa, no dia da aprovação, que íamos discutir o mérito, que nós não discutiríamos na reunião de Mesa e Liderança, mas hoje nós discutiríamos, porque R$ 20 milhões para um programa como esse, parece-me muito dinheiro, e me parece que existem outras prioridades necessárias ao nosso Município.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde, na mesma linha da Ver.ª Fernanda Melchionna, coloco a preocupação com o endividamento. A Ver.ª Fernanda trouxe um exemplo, que foi a trincheira da Rua Anita Garibaldi e as inúmeras obras viárias que estão sendo feitas neste momento no Município, algumas concluídas, a maioria, não – obras da Copa, a maioria não concluída -, que geram endividamento, ao que se sabe, na ordem de R$ 900 milhões. A Ver.ª Fernanda, inclusive, colocou a questão dos aditivos, ou seja, os contratos que inicialmente partem de um valor e depois chegam a duas, três vezes mais, numa verdadeira leniência em relação aos aditivos que vão se firmando ao longo do período. Na trincheira da Anita nem se fala! Aquela rocha está ali há 20 anos, pelo menos, quando foi detectada - sendo que deve estar ali há muito mais tempo -, durante a construção do Atlas Ambiental de Porto Alegre.

Então, aqui, estamos falando novamente de um empréstimo, autorizando um empréstimo do Executivo, desta vez para o chamado Programa de Modernização da Administração Tributária e de Gestão dos Setores Sociais Básicos Automáticos, PMAT. E nós pediríamos aqui, diante dessa preocupação, uma explicação melhor, para a Câmara não ser simplesmente um carimbador, digamos assim, das políticas do Município. Eu acho que nós temos que entender qual é a política que está voltada, política financeira inclusive, para esse empréstimo, a capacidade que nós temos. Estamos comprometendo o futuro ao assumir novas dívidas - a todo momento passam na Câmara. Nós temos sempre dado acordo quando se tratam de políticas sociais que atendem direitos básicos da cidadania, mas nem por isso precisamos deixar passar. Se o Projeto tem mérito – e deve ter –, que seja minimamente explicado isso, principalmente qual a política. Se não, nós ficamos discutindo o caso, vendo a árvore e não vendo a floresta. E eu acho que esta Câmara precisa saber, sim, da Prefeitura qual a política que tem.

Logo em seguida temos um projeto de uma desapropriação, de uma indenização de um imóvel. Também queremos saber. Na semana passada, estava na priorização um outro imóvel de desapropriação indireta lá na Zona Sul, e alguns Vereadores subiram aqui. Então, é o que a gente faz sempre: saber a política dessa Administração em relação não ao caso específico, se pode ter mérito, podemos discordar ou não, mas a política do Município em relação ao endividamento. Já sabemos que o Município enfrenta, sim, uma crise, tem dificuldades em pagar hora extra aos servidores, enfim, teve muita dificuldade em fazer... Aprovamos na semana passada o fim do efeito cascata. Então, sabemos que não está sobrando dinheiro; portanto se endividar ainda mais tem que ter uma boa justificativa. É por isso que nós convocamos a base do Governo para fazer esse alerta e fazer essa explicação. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, prezados visitantes da nossa Casa, nós estamos tratando aqui de um tema que já é recorrente nesta Casa: o declínio da arrecadação municipal e a diminuição dos recursos nos cofres públicos e, por sua vez, a diminuição dos recursos na aplicação das principais atividades de Porto Alegre. Portanto não é à toa a discussão que, quando se tem recurso ou se propõe criar fundos específicos, como é o caso da cultura, se retira isso para deixar no caixa único, ou com a gestão exclusiva do Executivo. Quero dizer aqui que o Governo propõe buscar recursos para a modernização da administração tributária e da gestão dos setores sociais básicos automáticos, que é o PMAT - BNDES automático. Agora, nós precisamos que o Governo, através de sua liderança, venha a esta tribuna dizer o que foi feito com o SIAT, que foi um outro programa contratado, em que foi gasto dinheiro público, e a arrecadação diminuiu. O SIAT, todos sabem, Sr. Presidente, é um programa que não deu certo, é um programa em que os recursos foram para o ralo e que não reverteu na aplicação e na qualificação da arrecadação dos recursos públicos para a cidade de Porto Alegre. Bom, no momento em que o Governo apresenta um projeto para buscar a modernização da administração tributária, isso quer dizer que é para qualificar também o sistema de arrecadação. Nós gostaríamos de poder analisar e saber do Município de Porto Alegre como é que foi e onde está a eficiência do SIAT. O Sistema em que se gastou dinheiro público, que foi contrato e que nunca foi apresentado à sociedade porto-alegrense: por que esse dinheiro foi para o ralo e por que ele não tem qualificado a arrecadação tributária do Município de Porto Alegre? Inclusive, digo mais, se pegar os orçamentos dos últimos 12 anos da cidade de Porto Alegre, quando é apresentado aqui o último orçamento, sai na primeira página do jornal Zero Hora: são R$ 6 bilhões o Orçamento de 2014. Agora, sabem quanto foi efetivamente aplicado? Foram gastos 38%. Então, diante disso, não dá para apresentar uma Peça Orçamentária que é para inglês ver, ou para enganar os comunitários, como é feito sempre lá no OP. Leva isso lá, apresenta que são R$ 6 bilhões, que vai ter tanto dinheiro para investir na cultura, na saúde, na pavimentação. Aí, na hora do investimento, sabem qual é a média – e eu quero que o Governo venha aqui contestar esses números - dos últimos dez anos? Foram 38% do Orçamento, do investimento, realizados. Os outros 62% não são realizados, por que isso? Porque previam ter uma arrecadação maior, gastaram o dinheiro contratando uma consultoria. Esse dinheiro foi para o ralo e agora apresenta aqui contratar mais R$ 20 milhões para também qualificar a gestão no que diz respeito à tributação; a modernização da administração tributária da cidade de Porto Alegre. Podemos votar, sim, mas primeiro venho explicar o que fizeram com o SIAT? Qual foi o efeito do SIAT? E onde está esse dinheiro que é público? Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, o presente projeto de lei, que altera a ementa, o caput do art. 1º, os §§ 1º e 2º e o caput do art. 2º da Lei 11.693, de 1º de outubro de 2014, que autorizou o Executivo Municipal a contratar operação de crédito no programa do PMAT-BNDES, e dá outras providências, tem ensejado uma discussão que nos parece que vai muito além do que aquilo que exatamente o projeto propõe. Essa autorização, a Casa já deu em 2014. O que o Governo pretende agora é que essa autorização seja estendida não só para contratar com o BNDES, mas que possa ser também ou com o Banco do Brasil, ou com a Caixa Econômica Federal, ou com outro banco público – queira Deus que o Banco do Estado do Rio Grande do Sul tivesse condição de apresentar uma proposta mais adequada para ser objeto da contratação do Município.

Então, o objetivo de se buscar um empréstimo com essa finalidade é um fator que não se discute mais. O que se discute é se vai ficar engessado e apenas com o BNDES, exaurindo os seus recursos. E eu não vou discutir aqui essa exaustão que se deu por essa ou por aquela outra razão, porque não estou aqui para polemizar coisa nenhuma. Estou aqui para dizer, de forma muito objetiva e simplificada, que a alteração que se faz é possibilitar uma autorização ao Executivo para a contratação desse financiamento com outras instituições que não exclusivamente essa. Eu penso que não estou lendo um projeto diferente do que aquele que está em discussão. Evidentemente, esse valor vai ter as adequações que as regras contratuais exigem, não só com o BNDES, mas com qualquer outro banco.

Nós tivemos a oportunidade, Ver. Casartelli, de ouvir isso do Secretário da Saúde de forma muito clara. Existe uma chance muito grande de se conseguir idêntico financiamento com a Caixa Econômica Federal com um juro menor. Isso porque se esgotaram as possibilidades de financiamento que havia no programa do BNDES. Agora, há uma realidade de mercado que tem que ser devidamente explorada. Vamos admitir que, por absurdo, não se aprovasse este projeto, o que aconteceria? Aconteceria que ficaria autorizado o Governo a fazer a contratação exclusivamente com o BNDES. Se existe a possibilidade de se obter um financiamento com melhores condições com outro estabelecimento bancário público, nós não podemos retirar do Governo essa condição estratégica de poder melhor negociar essa situação.

Por isso, esclarecendo: não se está discutindo orçamento, há algumas coisas que se cobram do Governo que, eventualmente, o Governo tenha que, em determinado momento, responder, mas não é esse o caso. O caso aqui é saber que o BNDES vai continuar sendo o único estabelecimento com o qual está autorizado o Município a negociar, ou vai se flexibilizar e dar oportunidade para que o Município busque na Caixa, no Banco do Brasil, no Banco do Estado do Rio Grande do Sul ou em uma agência de investimento pública um melhor juro, melhores condições para alcançar esse financiamento e alcançar esse objetivo? Não se discute o resto, porque o resto não é o momento de ser discutido. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O Sr. Carlos Casartelli (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito ao Ver. Kevin Krieger que proceda à chamada nominal para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Carlos Casartelli. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) Há quórum.

O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, este Projeto é muito mais importante que o seu assunto específico, porque ele abre a disputa entre bancos públicos. O Ver. Pujol nos trouxe elementos importantes aqui. É sempre bom lembrar – porque parece que esqueceram –, pelos sonhos de alguns, nos anos de 1990, que já não existiria mais nem banco público. Sempre é importante lembrar da alegria de poder falar em bancos públicos. Alguns têm saudade do tempo em que o Brasil era como a Grécia – não a Grécia que resiste, mas a Grécia que está quebrada financeiramente – e tinha que estar de joelhos para o FMI. Alguns têm saudade desse tempo. E é importante a gente lembrar das diferenças de opinião que o debate político, no Brasil, que tem esquecido as diferenças de fundo. E, aqui, no Estado, inclusive, volta a discussão de entregar Banrisul, e outras instituições.

Mas, voltando ao Projeto da nossa Prefeitura Municipal, o que nós queremos debater é exatamente o objeto por trás deste projeto, que é o Programa de Modernização da Administração Tributária, que está ao fundo deste projeto, que dá origem ao projeto de lei que nós estamos discutindo. Nós queremos discutir exatamente porque achamos que a gestão tributária do Município é uma vergonha! A gestão tributária da Administração Fortunati e Melo conseguiu fazer com que, no auge da economia no nosso País, nos últimos quatro anos, a arrecadação tributária do Município caísse. É uma façanha! Tenho certeza de que os órgãos de conta vão saber, inclusive, explicar para nós a façanha de, no auge da construção civil, a arrecadação sobre os tributos dos imóveis ter caído no Município, exatamente após o Município ter contratado, por R$ 5 milhões, o novo sistema da arrecadação tributária. Nós não ouvimos, até hoje, nenhuma explicação sobre por que isso aconteceu. Não estamos aqui aferindo nenhuma causa; só gostaríamos de uma explicação detalhada sobre por que a arrecadação tributária de Porto Alegre vem perdendo qualidade, ano após ano.

Também é importante, já que estamos falando de gestão pública... Eu sei que alguns colegas, aqui, por muitos anos, cobraram que a máquina estava inchada de companheiros do PT. O Prefeito havia prometido que demitiria 120 CCs, por causa da crise tributária, no final do ano passado. Fez uma declaração, chamou a coletiva, mas não demitiu nenhum. Nenhum! Aliás, o número de CCs sobe. Em cada uma das atuais gestões, só aumenta o número de CCs, inchando a máquina e fazendo com que caia a arrecadação de tributos no nosso Município.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Kopittke; só quero aqui lhe auxiliar neste debate. Em 2004, eram 468 CCs; hoje, são mais de 1 mil CCs. Só quero registrar isto: duplicou o número de CCs. Em segundo lugar, gostaríamos que o Líder do Governo também explicasse o plano de metas que cada Secretário assinou, no início do Governo, que não são cumpridas. Disseram que, se as metas não fossem cumpridas, seriam demitidos os Secretários. Por que eles se mantêm lá? Muito obrigado.

 

 O SR. ALBERTO KOPITTKE: Obrigado, Ver. Engº Comassetto. Muito bem lembrado: o inchaço da Administração Melo/Fortunati. Eu sempre troco Melo e Fortunati, porque o Prefeito Fortunati anda meio sumido e parece que delegou para o Vice-Prefeito administrar a Cidade. Portanto, é ele quem tem de responder - o Prefeito terceirizado Sebastião Melo – sobre esse inchaço, que dobrou o número de CCs; por que a arrecadação tributária cai; e por que o SIAT não foi implementado? Além de todos os outros casos que o nosso Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, tão bem liderou de investigar.

Alguns andam sempre tão preocupados com casos de corrupção, mas, talvez, seria importante olhar um pouco para o Município, pesquisar um pouco mais para nós podermos entender o porquê de, mais uma vez, o Município tem que buscar mais R$ 20 milhões para modernizar - modernizar o quê? A atual Administração não tem tido é competência! O problema não é falta de dinheiro; o problema é falta de gestão, competência, porque acho que tem faltado tempo, Ver.ª Jussara, é para administrar tantos CCs tem nessa Administração...

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony se inscreve e cede o seu tempo ao Ver. Alberto Kopittke, que prossegue a sua manifestação para discutir o PLE n º 011/15.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Muito obrigado. O Ver. Bosco está trazendo uma contribuição importante para o próximo programa de Governo, mas o partido apresenta depois. Então, acho que é importante nós fazermos uma discussão. Acabamos de aprovar o Prometas, o Programa de Metas da Prefeitura; infelizmente, os colegas não aprovaram que a Prefeitura viesse apresentar as metas semestralmente. Então, eu sugiro que não os colegas, mas o cidadão que nos acompanha, olhe lá a situação das metas. Há a Secretaria da qual todas as metas estão no vermelho, porque a Administração não cuida mais da sua própria gestão. Fica só uma gestão de CC para partido A, B, C, D, nessa grande coalizão que administra Porto Alegre e que faz com que a Cidade chegue no limite do endividamento. Aliás, depois não se pode dar aumento para o servidor, porque se gasta tudo com o aumento de cargos em comissão; e como cai a arrecadação do Município, não se pode dar aumento depois para os servidores. Aumento só para uma elite, que é sempre muito bem tratada, que diz que se não ganhar aumento. Não sei se isso é para pararem de falar do escândalo que foi essa gestão tributária de arrecadação da gestão Melo/Fortunati nos últimos anos. E quem paga é o cidadão, que não tem serviço público, que não tem qualidade no seu atendimento, como todos podem ver. Hoje, temos mais um dia de caos aqui; depois da chuva, a Cidade sempre para. Aliás, ela para sem precisar de chuva.

Acho que tínhamos que descobrir qual é a conta do atraso das famosas obras da Copa. A Prefeitura não entregou nem 10% dessas obras. Eu vi uma matéria sobre o famoso BRT. Eu não sei se estão esperando para entregar nas vésperas da eleição, o que seria um oportunismo que deveriam pagar para a gestão, ou se é um atraso efetivamente. E aí, precisa...

 

O Sr. Carlos Casartelli: Presidente, o nobre Vereador está fora da pauta do projeto. A pauta, Vereador.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Mas, Ver. Casartelli, é a administração da qual o senhor fez parte – e foi um quadro qualificado – e da qual saiu porque o Secretário da Fazenda não atendia aos seus pedidos de dinheiro para a saúde. Então, a minha solidariedade...

 

O Sr. Carlos Casartelli: É que eu gostaria que fosse discutida a pauta do projeto.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: A pauta é exatamente a qualificação da gestão. Mas aí tem que melhorar a gestão das obras. A Cidade é uma vergonha. Abrem um buraco e levam três anos para fechar. Tem obra em que fizeram o lançamento do canteiro e até hoje não foi uma máquina até lá, ali na entrada da Cidade, na Av. Ceará, entre tantas outras.

Então, realmente, precisa de dinheiro para melhorar a gestão, mas, mais que dinheiro, tem que mudar é a atual administração, porque o problema não é dinheiro, é competência de uma administração cansada e que não tem mais como contribuir com a nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, boa tarde a todos. Eu subo à tribuna só para colaborar com a discussão que está em pauta. Temos aqui um projeto que substitui a redação de alguns itens de um projeto que foi aprovado, se não me falha a memória, em 1º de outubro de 2014, que autoriza o Governo Municipal a contratar um crédito de R$ 20 milhões para a reestruturação da Fazenda junto ao Banco do Brasil. E, eu conversando com alguns Vereadores – acreditava, sem pensar, sem problematizar muito –, fiquei pensando: “Puxa vida, se houver uma outra instituição de crédito pública que pudesse fornecer, realmente, essa quantia a uma taxa de juros inferior, isso seria interessante! Seria uma certa economia para os cofres públicos”. Porém, ao analisar o projeto inicial, R$ 20 milhões para a reestruturação da Fazenda é dinheiro demais! Então, eu acredito que o mérito da discussão não é nem a possibilidade de diminuir a taxa de juros, e, sim, o projeto original que é um projeto absurdo! É um projeto que confere uma grande soma em dinheiro para algo que não vai trazer um retorno para a nossa Cidade, porque nós já temos uma Secretaria da Fazenda - ela deve cumprir o seu papel; os municipários devem cumprir as suas funções, ou as funções pelas quais estão recebendo e foram contratados -, e R$ 20 milhões é dinheiro demais! Eu não sei se Pastas importantes, como a Pasta da Educação e a Pasta da Saúde, têm empréstimos dessa monta. É muito dinheiro! E, aí, a minha segunda análise: por que a Prefeitura resolveu mandar, neste momento, este projeto, essa alteração da entidade financiadora? Talvez, o Banco do Brasil tenha negado crédito à Cidade, porque, talvez, não tenha visto a condição de ver cumprido ou honrado esse empréstimo. Ou, talvez, não tenha visto também a necessidade de um Município contar com essa grande soma. Abrindo para outras instituições, seria garantido, por parte do Governo, o repasse ou pelo menos o aporte desses recursos. Recursos esses, que volto a ressaltar na minha modesta opinião, são inúteis, desperdício de dinheiro público, rasgar dinheiro aplicando numa área onde não há a mínima necessidade no momento. Num primeiro momento pensei votar favoravelmente a isso, mas se realmente as minhas suspeitas são corretas e nós conseguirmos derrubar este projeto, talvez inviabilizado o acordo ou o contrato com o Banco do Brasil, nós não tenhamos este assalto aos cofres públicos. Talvez, com o projeto inicial não tendo um contrato efetivado, nós possamos utilizar recursos de uma maneira mais coerente, mais racional na nossa Cidade. Portanto, vou torcer, sinceramente, para que este projeto não seja aprovado, porque eu tenho a ligeira impressão de que o Banco do Brasil não vai aportar dinheiro nessa pouca vergonha e, portanto, teremos preservado R$ 20 milhões da nossa Cidade, dos nossos cofres públicos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, necessariamente preciso estar aqui depois de ouvir as palavras do Ver. Prof. Alex Fraga, que falou no final: “Pouca vergonha”. Pouca vergonha é autorizarmos um projeto desses quase 20 anos depois que a Fazenda Estadual alcançou um projeto igual, com os mesmos termos, com a Alemanha. A Receita Federal do Brasil instituiu um sistema de inteligência fiscal que é modelo no mundo, Ver. Alex, para o mundo, Ver.ª Séfora, com recurso de modernização da operação de fiscalização e controle. Neste País da roubalheira, necessariamente precisamos melhorar e aprimorar cada vez mais os processos de fiscalização, tributação e, principalmente, controle. Que me perdoem, mas eu tenho 40 anos de serviço na área: o que acontece no serviço público? No serviço público só se fiscalizam papéis! Eu repito sempre aqui: se o carimbo está certo, na folha certa, na página certa, e se a rubrica consta ali, está tudo resolvido. O que nós precisamos é de um sistema informatizado, moderno e inteligente de controle. No serviço público, se faz o seguinte: contratam-se 50 caminhões, a empresa coloca 5, alguém atesta 50, e está feita a história. É preciso comparação, é preciso controle de custo. Meu caro Ver. Alex, respeitando bastante V. Exa., o projeto já está aprovado; hoje, apenas estamos modificando a possibilidade da fonte financiadora, porque, se ficar como está, a Fazenda está autorizada a pedir empréstimo para o Banco do Brasil, e este projeto diz que se autoriza a busca de recursos em qualquer instituição pública. Portanto, eu vou votar favoravelmente, porque compreendo como um projeto importante para modernizar essencialmente os controles públicos. É preciso controle do cidadão, das instituições que estão envolvidas e muito da própria repartição encarregada do gasto, porque é com isso que nós vamos melhorar o controle e evitar desperdício e construir serviços com custos mais baratos. Vou votar favoravelmente. Aquele abraço a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 011/15, por cedência de tempo da Ver.ª Sofia Cavedon.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente; minhas colegas Vereadoras, meus colegas Vereadores; meu prezado João Bosco Vaz, vou seguir aqui a sua orientação; prezados ouvintes e visitantes da cultura que aqui estão. Ver. Ferronato, nós temos 90% de acordo com a sua fala, principalmente quando o senhor diz que tem que haver qualificação no sistema de arrecadação tributária. Agora, quando o senhor diz que esse sistema precisa ser modernizado cada vez mais, é justamente nesse ponto que nós discordamos. Discordância não contra a modernização, mas porque o Governo já trouxe esse assunto para esta Casa, no ano de 2007 ou 2008 - e nós votamos favoravelmente -, e gastou com isso mais de R$ 5 milhões, ao contratar um sistema que se chamou SIAT - Sistema Integrado de Administração Tributária. E esse dinheiro foi para o ralo, porque não melhorou em nada a administração, Nedel, o senhor que ajudou aqui a aprovar e que veio a esta tribuna, mais de uma vez, cobrar a aplicação do SIAT. Nós estamos dizendo aqui para nos prestarem conta do SIAT, que nós votaremos favoravelmente a esse novo programa. Porque, vejam bem, qual é a diferença entre os dois sistemas? O objeto é o mesmo! E naquele momento, R$ 5 milhões... Qual é o resultado desses R$ 5 milhões? É responsabilidade dos 36 Vereadores cobrarem a boa aplicação dos recursos ou não? Portanto eu gostaria de saber aqui se os R$ 5 milhões do SIAT foram aplicados, e se foram aplicados, por que não deu resultado. E se eles foram aplicados e não deu resultado, onde está o problema? Esses R$ 20 milhões são para dar continuidade ao programa do SIAT? Para que é esse dinheiro? Que é para modernização tributária, está escrito aqui, mas nós votamos, há alguns anos, um projeto idêntico, que era o SIAT, que foram R$ 5 milhões, que foram gastos, e agora vem outro programa? Ex-Prefeito Villela, o senhor como Prefeito, iria dar a resposta para nós aqui: o SIAT foi gasto, mas não deu certo o dinheiro foi para o ralo. Ou deu certo, está arrecadando tanto, e esse novo programa é para qualificar um novo estágio. A arrecadação tributária do Município de Porto Alegre vem diminuindo na arrecadação do IPTU e do ISSQN, porque os projetos aqui em Porto Alegre não conseguem ser aprovados. Um novo profissional da minha área, da engenharia, arquitetura e agronomia, prezado Lauro, do Cristal, Conselheiro da região por muito tempo, quando se forma um arquiteto e um engenheiro que quer trabalhar em Porto Alegre, ele primeiro pega área regularizar ou fazer um projeto para o pai, para o tio ou para algum parente. Ele apresenta o projeto, depois de dois anos, ele não conseguiu fazer o projeto andar na Prefeitura, ele é chamado de incompetente pela família e tem que ir embora de Porto Alegre. Porto Alegre deixou de arrecadar ISSQN com essas atitudes. E é isso que está acontecendo neste momento. Se é para modernizar, tem que modernizar de fato. Ficamos aqui felizes, no início dessa gestão: Vamos conseguir agora fiscalizar os Secretários. Todos os Secretários estabeleceram um plano de metas, assinaram embaixo, e o Prefeito Fortunati, a gestão cansada Fortunati-Melo, disse o seguinte: “Quem não realizar o plano de metas vai ser demitido”. Pergunto para a Cultura, que aqui está: O plano de metas da Cultura está sendo atingido, está sendo cumprido? (Pausa.) Está aí, as arquibancadas estão dizendo que não. O Secretário continua lá ou não? Continua lá ou não? Continua lá! Por que, então, foi assinado aquele plano de metas?

Para concluir, eu gostaria que o Líder do Governo, Ver. Kevin Krieger, viesse aqui explicar: onde está o dinheiro do SIAT? Por que o SIAT deu errado? Por que um novo programa, para arrecadar mais dinheiro, para a mesma finalidade do SIAT? A nossa disputa aqui não é com essa proposta, que vem para modernizar, porque tem que modernizar, mas, antes de botarmos mais dinheiro num caixa sem fundo, explique para onde foram os R$ 5 milhões arrecadados do SIAT. Ele foi para a população, para qualificar, ou não foi? Ninguém sabe! Portanto, a nossa orientação aos colegas Vereadores é de que não podemos votar este projeto sem a explicação sobre os R$ 5 milhões do SIAT, que, teoricamente, foram pelo ralo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLE nº 011/15. (Pausa.) (Após a chamada nominal.). APROVADO por 23 votos SIM e 09 votos NÃO.

O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para a leitura da sua Declaração de Voto.

 

O Sr. Engº Comassetto: (Lê.) “Sr. Presidente, votamos contrário ao projeto para o Governo gastar até R$ 20 milhões no Programa da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos Automáticos, pois anteriormente aprovamos mais de R$ 5 milhões no SIAT – Sistema Integrado de Administração Tributária, e que foi gasto esse recurso sem nenhum resultado efetivo ao Município”. Foi dinheiro perdido. O Governo tem que primeiro prestar conta do SIAT para depois fazer outras contratações. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para a leitura da sua Declaração de Voto.

 

A Sra. Lourdes Sprenger: (Lê.) “Sr. Presidente, meu voto contrário ao projeto de Lei do Executivo nº 011/15 deve-se de presenciarmos o endividamento público e o futuro das finanças do Município de Porto Alegre”.

 

O Sr. Clàudio Janta: Sr. Presidente, como já tinha sido aprovado por esta Casa e está simplesmente permitindo que a Prefeitura entre com a possibilidade de discutir com o sistema bancário, que vem sendo beneficiado mensalmente com altas taxas de juros, e permite que a Prefeitura discuta de igual para igual com os tubarões dos bancos, nós reafirmamos a votação que já houve em outubro nesta Casa, com a possibilidade de a Prefeitura discutir com vários bancos de igual para igual os juros menores, para ajudar a população de Porto Alegre. Então, esse Projeto já foi aprovado em outubro, com votos de alguns dos Vereadores que agora votaram “não”.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro, Ver. Clàudio Janta.

Apregoo a Emenda nº 13, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, ao PLE nº 025/14.

Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 13 ao PLE nº 025/14 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Emenda nº 14, de autoria do Ver. Airto Ferronato, ao PLE nº 025/14.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 14 ao PLE nº 025/14 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1605/15 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 005/15, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal de Porto Alegre, senhor José Fortunati, a ausentar-se do Município e do País, do dia 15 ao dia 24 de julho de 2015, para viajar a Roma, na Itália.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 13-07-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PDL nº 005/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 050/15 – (Proc. nº 1077/15 – Verª Jussara Cony) – requer Moção de Repúdio ao tratamento dispensado pelo Governo do Paraná aos professores durante o protesto da categoria em dia 29 de abril.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 050/15. (Pausa.) A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 050/15.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, já faz quase três meses que este Requerimento foi encaminhado, mas ele é atual. É um Requerimento para uma Moção de Repúdio ao tratamento dispensado pelo Governo do Paraná aos professores, durante o período de protesto da categoria, mais especificamente, no dia 29 de abril. Mesmo tendo ocorrido há, praticamente, dois meses e meio, eu trago essa moção a esta Casa para ser votada no sentido de que isso não aconteça mais. Todo Brasil sabe, através da imprensa, das redes sociais, o massacre que sofreram os professores do Paraná, através do Governo. E alguém deu essa ordem. Há algumas questões - vou ser breve nesta tribuna - mas que são importantes para justificar por que eu insisto na nossa votação. O Ministério Público, inclusive, acusou o Governo de omissão. Segundo o Ministério Público, a lei que trata da improbidade coloca a responsabilidade nos agentes públicos, considerados omissos, que seria o caso do Governador do Paraná. Além disso, de acordo com o Ministério Público, ninguém do Governo ousaria realizar uma ação de tal porte em relação aos professores sem um respaldo político e administrativo do comando do Governo. E eu acho que esse olhar e essa responsabilização pelo Ministério Público são muito importantes para justificar a atualidade ainda desta moção.

Um outro aspecto é que, naturalmente, todos nós lutamos para que - os professores mais do que cada um de nós - qualquer Governo valorize a educação. Eu mesma vim a esta tribuna hoje, em relação aos meus colegas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para fazer esta relação da importância de que nós aprovássemos a moção da Ver.ª Fernanda - subscrita por mais 18 Vereadores, eu sou subscritora também - referente ao significado dos servidores públicos federais, em relação ao Governo que eu defendo. Defendo, inclusive, com unhas e dentes e com consciência política a constitucionalidade do mandato da Presidenta Dilma e o muito que ela fez pelo Brasil. Só que eu me perfilho no campo de apoio da Dilma para que ela possa fazer ainda mais, porque a gente sabe do significado da atuação de um Governo que tem unidade em torno de um projeto, mas amplitude no sentido de poder levar adiante esse projeto. E os funcionários públicos são estratégicos, inclusive, os trabalhadores, de um modo geral, como base de apoio às mudanças que estão sendo realizadas no Brasil.

Por isso, eu venho aqui dizer que o que foi feito com os professores do Paraná é inadmissível na etapa democrática que nós vivenciamos. Era como se fosse ainda ditadura militar, e eu falo isso de cadeira, eu falo isso de lombo, eu falo isso de luta. Então, ataques e mais ataques aos servidores e ao sindicato dos servidores. E aí vem uma coisa que é, no meu entendimento, criminosa, porque a criminalização dos movimentos sociais, dos sindicatos, das entidades representativas de trabalhadores, funcionários públicos, professores do Estado do Paraná, professores públicos do Estado do Paraná, concursados. Gente que não entrou por qualquer porta, entrou por concurso público! São professores, fazem carreira, são estratégicos para o ensino. Então, há quedas, inclusive, de popularidade do Governo, um Governo que está sendo processado pelo Ministério Público por um massacre do dia 20; então houve um encontro, inclusive, de Prefeitos no Interior do Estado, onde um governador fez acusações inadmissíveis, inclusive desqualificando a luta história do sindicato dos professores do Estado do Paraná, cobrando deles a qualidade do ensino. Mas que professor? De quem é a responsabilidade da qualidade de ensino? São dos gestores públicos na formação, na capacitação dos seus trabalhadores, no direito dos seus trabalhadores em todas as suas formas de luta! E a forma mais elevada de luta dos trabalhadores brasileiros, conquistada com a luta dos trabalhadores, é a greve, é a paralisação, momentos decisivos para que se possa sentar à mesa e negociar.

Nós vimos isso, e a Câmara Municipal foi protagonista em relação ao nosso municipário em relação ao efeito cascata. Então é inadmissível que não se tenha uma posição. E é essa posição que eu trago aqui em nome do meu partido, o PCdoB, e em meu próprio nome, para que nós tenhamos a capacidade de rechaçar, nesta Câmara, toda e qualquer tentativa de massacre, de opressão, do que foi feito com os professores do Paraná, feridos, massacrados, e agora massacrados pelo Governador mais ainda na sua dignidade de participar do seu sindicato, que é a forma que os trabalhadores têm de participar no sentido de garantir seus direitos, porque a garantia dos direitos para os professores é a educação lá na ponta, com qualidade; não pode ter qualidade trabalhador que é massacrado pelo gestor, pelo governador!

Então essa é a minha Moção. Eu reconheço em todos os meus Pares, lutadores pela democracia e pelos direitos do nosso povo; portanto, peço o voto favorável a essa Moção.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Dr. Thiago, o Requerimento nº 050/15. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 25 votos SIM e 04 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1633/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 025/14, que institui o Plano Municipal de Cultura (PMC) no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emendas nºs 01, 03, 04, 06, 08, 09, 10 a 11.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 01; Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação das Emendas nºs 03, 04, 06, 08, 09, 10 e 11 e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 02, 05 e 07;

- da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Parecer Conjunto:

- da CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 03, 04, 06, 08, 09, 10 e 11.

 

Observação:

- prejudicadas as Emendas nºs 02, 05 e 07 ao Projeto;

- incluído na Ordem do Dia em 06-07-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 025/14 (Pausa.)

Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do Ver. Engº Comassetto, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nºs 01, 04, 06 e 08 ao PLE nº 025/14.

Apregoo e defiro o Requerimento de autoria do Alberto Kopittke que solicita que sejam votadas em destaque as Emendas nºs 08, 09, 10, 11, 12 e 13.

Em votação o Requerimento de autoria da Sofia Cavedon, que solicita que seja retirada de tramitação a Emenda nº 06 ao PLE nº 025/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Subemenda nº 01, de autoria do Elizandro Sabino, à Emenda nº 08 ao PLE nº 025/14.

Apregoo a Subemenda nº 01, de autoria do Elizandro Sabino, à Emenda nº 11 ao PLE nº 025/14.

 

O Sr. Reginaldo Pujol (Requerimento): Solicito que sejam votadas em bloco as Emendas nºs 01, 03, 04, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, Subemenda nº 01 à Emenda nº 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 ao PLE nº 025/14.

 

O Sr. Engº Comassetto: Sr. Presidente, eu requeri um destaque de emenda por emenda para serem discutidas, mas venho aqui ratificar. Acordo é acordo, e se o meu partido está dando acordo para o bloco, discutiremos só o bloco. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O Sr. Elizandro Sabino: Sr. Presidente, há uma questão formal quanto à Subemenda à Emenda nº 11. Ela já foi apresentada, já está assinada, inclusive. É uma Retificativa, porque no caput do artigo onde consta “art. 3º” há um equívoco formal; na verdade, é “art. 2º”. Nesse sentido, faz parte do acordo, também, para aprovação?

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Faz parte do acordo. Ver. Pujol e demais Vereadores, a Emenda nº 03, que está no bloco, está prejudicada. Repete o texto do projeto. Tem acordo para retirar a Emenda nº 03 do bloco? (Pausa.) O Ver. Marcelo é o autor da Emenda nº 03.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Sr. Presidente, é uma homenagem que fazíamos à autora, mas a Emenda nº 3 está prejudicada e fica fora.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Tem acordo, Ver. Marcelo?

 

O Sr. Marcelo Sgarbossa: Sim, ela está claramente prejudicada. Tem acordo, sim.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Então, retiramos do bloco a Emenda nº 03. Ficam no bloco as Emendas nºs 01, 04, 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 08, e à Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 ao PLE nº 025/14.

 

O Sr. Reginaldo Pujol (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que sejam votadas em bloco as Emendas nºs 01, 03, 04, 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 08, e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 ao PLE nº 025/14.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)

Em discussão o PLE nº 025/14. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, caríssimos militantes da área da cultura, ativistas, mulheres e homens artistas, eu espero que esse dia seja um dia histórico. (Palmas.) E eu tenho a confiança que é pelo que foi produzido até aqui: a reconstrução muito importante de um clima que havia no ano passado, de insatisfação de todos que se mobilizaram em relação à Conferência de Cultura, dos conflitos do Conselho de Cultura. Eu acredito que nós estamos, neste momento, virando a página em função, principalmente, da luta, da persistência, da qualidade da intervenção de vocês – é muito importante dizer isso –, da presença nas instâncias de Cultura, de conferência, na presença nas Comissões de Educação, na presença nesta tribuna, nos debates cotidianos da Cultura da Cidade. Fizeram ver e mostraram! E aí, Ver. Kevin, digo aqui, de público, a importância deste momento, diferente do ano passado. E eu ouvi, no início do ano, do Secretário Municipal da Cultura, Roque Jacoby, que ele queria um outro momento com o Conselho, queria ir ao lançamento do Fumproarte, queria um outro momento para a Cultura, que queria o seu plano aprovado. Eu quero chamar a atenção do protagonismo do Secretário Adjunto, Vinicius Cáurio – que acredito que ainda está no plenário –, por essa possibilidade maravilhosa de diálogo a que estamos assistindo aqui. Elogiar o Ver. Reginaldo Pujol, nosso presidente da CECE - Comissão de Educação Cultura e Esporte -, e o Ver. Kevin Krieger, pois ambos permitiram e mediaram um diálogo não com a oposição, com vocês, com a cidadania ativada da cultura que veio manifestar aqui e que conquista, neste diálogo, dois elementos que eu friso porque depois os demais Vereadores irão trabalhar os outros. Um era a preocupação de que esse plano não tinha metas, não tinha estratégias, e a construção feita aqui e que está numa das emendas - e é mais do que uma emenda, é uma construção política -, por isso eu disse que eu espero que seja histórico este dia, porque nós queremos a sanção, na íntegra, deste plano com as emendas. É uma construção política de que as metas e as estratégias para a cultura nos 10 anos será realizada de forma participativa, dialogada, e virá a esta Casa na forma de um projeto de lei. Essa é uma construção bonita, que dá esperança, que reabre o debate sobre a cultura, que projeta uma possibilidade de - coletivamente, harmoniosamente, com a mobilização dos agentes de cultura, dos interessados em cultura, dos fazedores em cultura -, num diálogo com o Governo, produzir metas factíveis, metas ousadas, metas que correspondam à utopia e à atualidade dos nossos artistas e das nossas artistas e do povo de Porto Alegre que demandam cultura, que precisam de cultura. Esta é uma das emendas do bloco das emendas apresentada aqui para ser votada em bloco pelo Ver. Pujol. Nós queremos dizer que ela, sim, é o embrião de um plano de cultura de fato como plano, de fato que respeita o plano nacional de cultura, de fato que coloca Porto Alegre em condições de disputar recurso para a cultura e de ampliar o seu orçamento. Nós queremos que tenha prazo, qualidade e participação na produção desse novo projeto de lei. E a outra emenda, que é importante também, pois projeta um crescimento orçamentário para a cultura. Nós não queremos que os nossos artistas dependam apenas de projetos pontuais, de projetos que terminam, que não dão possibilidade da investigação permanente, que não dão possibilidade ao Município do fomento continuado, consistente. Nós queremos que os nossos espaços culturais sejam de muita qualidade. Hoje é muito difícil a própria manutenção por conta do baixo orçamento destinado à cultura. Então, uma dessas emendas projeta que nós cheguemos, em 5 anos, a 1,5% das receitas líquidas do Município destinadas para a cultura do Município de Porto Alegre, e, em 10 anos, a 3%. Voltará, com certeza, a cultura a ter, em Porto Alegre, um outro patamar, e isso, diria, é sim um plano, porque plano que fica na mesmo ou que simplesmente prevê a presença e o sistema, não é plano; plano é projetar aumento, ampliação. Quero celebrar, porque o nosso Fumproarte vai crescer, deve ganhar sustento, todas as políticas que estão aí e que precisam ser ampliadas, com certeza, consagrando-se um orçamento maior, elas terão de fato condições de se tornar realidade. Então, que seja um dia histórico e que se possa agradecer e louvar – louvar no sentido de homenagear – todos que não param de lutar pela cultura em Porto Alegre, que sensibilizam, neste momento, o Governo e seus representantes, e que, principalmente, estão se sentindo, hoje, construtores de uma nova cultura para a cidade de Porto Alegre. Á votação! Parabéns a todos!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Elizandro Sabino, solicitando dispensa do envio da Subemenda nº 01 à Emenda nº 08 ao PLE nº 025/14 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 ao PLL nº 025/14 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. Nereu D'Avila.

O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas, eu falo aqui na mesma linha da minha companheira Ver.ª Sofia Cavedon. Eu acho que esse acordo feito aqui, essa sensibilidade de o Governo em acolher emendas faz com que nós não tenhamos uma Sessão – como se pré-anunciava, na semana passada, quando efetivamente foi priorizado esse projeto – longa e muito conflituosa. Ao contrário disso, conseguimos um acordo, seja para a votação em bloco das emendas, seja para acolher todas as questões, as emendas que foram aqui acordadas e construídas por essa militância que está aqui, que nos ensina, porque, como eu digo, é uma militância não fenomênica, não aparece lá e tira foto, mas faz uma militância orgânica. Eu digo isso vendo aqui tanto o Giovani, o Paulo Guimarães, o pessoal do SATED, que procurou a nós e a tantos outros Vereadores, e, desde então, nós estamos construindo emendas para aperfeiçoar aquilo que entendiam atender melhor ao interesse público.

E, obviamente, como diz a Ver.ª Sofia, esse deve ser um dia de festa, um dia histórico.

Quero fazer aqui uma ressalva: dizem que, geralmente, os Vereadores de oposição só fazem crítica, mas a oposição tem sensibilidade para acolher as demandas que entende serem justas, como essa.

Há todo um processo conflituoso em relação ao conselho, ao Executivo, mas, deixando um pouco de lado isso, eu quero somente fazer um registro daquilo que aconteceu em outubro do ano passado. O Plano Municipal de Cultura chegou a esta Casa, nós fizemos um pedido de diligências, para que se ouvisse o Conselho Municipal de Cultura, e ele acabou não sendo atendido. Na CCJ, houve o entendimento de que o pedido era intempestivo, só que esse projeto só está sendo votado, agora, em julho? Quer dizer, daria tempo, sim, de ouvir o Conselho Municipal. Mas é nesse simbolismo desse pedido de diligência que fizemos, ainda que não atendido, que mostra que não se pode discutir, ainda mais um Plano Municipal de Cultura, sem ouvir a participação popular, ainda mais essa, de forma orgânica. Talvez eu esteja aqui falando muito contaminado ainda pela Conferência Municipal de Saúde, que tivemos nesse final de semana, que mostrou uma efetiva efervescência de uma militância orgânica em outro tema, mas que aqui na cultura está simbolizado pelas pessoas que estão aqui.

Então, é com muita satisfação que eu faço parte desse momento em que estabelecemos metas factíveis e ousadas, e não simplesmente questões genéricas, como aconteceu com o Plano de Mobilidade Urbana, que também chegou a esta Casa e que só fala em estudar, em pensar. Aqui, não; aqui estamos estabelecendo, inclusive, vinculações percentuais de recursos. Então, eu acho que é, sim, um grande avanço para o Município de Porto Alegre, para a cultura e para toda a nossa Cidade. Parabéns a essa militância de todos e todas aqui presentes. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente; minhas colegas Vereadoras, meus colegas Vereadores; senhoras e senhores que nos assistem; prezados militantes da cultura presentes aqui na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, quero iniciar minha fala dizendo que discutir cultura, hoje, no Dia Mundial do Rock, é uma satisfação para todos. O rock, que nasceu da rebeldia da juventude. E dizer que este acordo que foi chancelado há poucos minutos se deu graças à atuação, à militância e à persistência dos lutadores sociais da cultura da cidade de Porto Alegre, por que a postura que tem na cultura de bastante intransigência em dialogar é uma realidade, e quando propunha no projeto que aqui está, no seu art., 10, que as diretrizes e as metas a serem alcançadas seriam emitidas por decreto, esses lideranças que aqui estão e muitas outras disseram: “Não, quem tem que propor e organizar as metas para a cultura são os fazedores da cultura, são os militantes, é quem atua, é o teatro, é a música, é a literatura e assim por diante”. Quero aqui registrar isso e parabenizar a cidadania na afirmação da cultura em Porto Alegre. E por último, Ver. Tarciso Flecha Negra e demais colegas Vereadores, a cultura não pode ser elitizada e centralizada, a cultura tem que voltar a ser descentralizada na cidade de Porto Alegre, porque com a cultura descentralizada é a juventude que é resgatada, é a juventude que adere, e aí não precisaríamos ter capas - quero que a câmera mostre aqui, por favor -, como essas, que apontam só neste ano mais de 62 jovens mortos, todos da periferia, 62 jovens com menos de 17 anos, jovens a periferia, jovens pobres, jovens negros, meninas e meninos que são mortos pelo tráfico, pela delinquência, pela polícia, entre outros. (Mostra periódico.) Se a cultura estiver descentralizada, muitos desses jovens estariam lá fazendo teatro, fazendo música, tocando instrumentos, escrevendo livros, contando e cantando poesias. Agora, o que tem feito o Governo Municipal? O Governo Municipal na gestão cansada Fortunati-Melo, abandonou a periferia na descentralização da cultura, e no ano passado, Ver. Nereu, teve a capacidade de tirar R$ 850 mil que estavam destinados justamente para fazer cultura para essa juventude e botou na reforma da Usina do Gasômetro. Não que não seja importante a reforma da Usina do Gasômetro, mas nós temos que defender aqui um princípio que esta Cidade já conquistou, que é o princípio de que a cultura popular tem que estar descentralizada e tem que apoiar os atores, as atrizes. O povo não quer ser só ator; o povo, na cultura, também quer ser autor. Portanto, ter autoria na elaboração das políticas diz respeito à democratização da cultura. Portanto, toda iniciativa que vier para descentralizar tem o nosso apoio.

 

O Sr. João Bosco Vaz: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Estou acompanhando a sua fala atentamente, e, quando o senhor fala que o povo tem que ter participação na cultura, só quero lembrar que este Vereador aprovou, aqui na Casa, o projeto Usina das Artes, com o apoio de todos os senhores e as senhoras. Foi um projeto feito por todos os atores, atrizes, por todas as pessoas que fazem parte da cultura, que montaram o projeto em discussão com este Vereador. Muito obrigado.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Assim como o senhor também construiu, lá na abertura do carnaval, o projeto para que as crianças possam ter, através do carnaval, uma participação cultural efetiva, algo que teve e tem nosso apoio. Portanto, a descentralização da cultura precisa ser debatida neste momento, mas não só debatida. A descentralização da cultura precisa ser resgatada com aqueles que fazem a cultura não só para as elites, mas também para o povo da periferia, e que esses jovens, meninos e meninas, deixem de morrer por falta de opção, entre elas, a cultural. Um grande abraço, muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu quero, Presidente Mauro Pinheiro, falar em nome da nossa Bancada, em meu nome e em nome do Ver. Prof. Alex. Nós sabemos que os conselheiros, os artistas, o conselho, o SATED, todos os que nos acompanham na tarde de hoje, já estão a tarde inteira acompanhando uma discussão que é muito importante, que queremos que seja votada em breve e pela unanimidade da Câmara, respeitando aquilo que foi construído junto com os artistas. Eu quero falar apenas três coisas, muito rapidamente, para ajudar nessa luta e obviamente trazer o meu voto e o do Ver. Prof. Alex, voto favorável, com muita alegria de poder, na tarde de hoje, garantir que, no mínimo, três temas fundamentais sejam repostos ao projeto, Ver.ª Séfora Mota. O primeiro é a retirada do art. 10, que previa que cultura fosse feita por decreto. Isso é inadmissível. E a emenda construída com os artistas repõe, no lugar que deve estar, o planejamento das ações vinculadas ao Município e a política cultural em Porto Alegre, que são as conferências, o plano, o Conselho Municipal de Cultura, os sindicatos, os artistas de todas as áreas da nossa Cidade.

O segundo, mas não menos importante, tem a ver com o Projeto de Lei nº 150, é a questão dos gastos. Nós ainda temos em Porto Alegre menos de 1% dos gastos destinados à cultura, por isso temos ataques sistemáticos às políticas que, há muito tempo, são desenvolvidas nas comunidades, como a política de descentralização, citada aqui pelo Ver. Comassetto, que é uma política fundamental e que tem sido contingenciada, recursos têm sido retirados ao longo dos anos. Na lei orçamentária, nós conseguimos uma emenda aumentando os recursos para o Fumproarte. Se a Câmara não interviesse, Baumann, Lisete, e vocês todos estavam nos acompanhando naquele momento, o Fumproarte teria sofrido mais um ataque e mais um corte do Governo para o orçamento desta gestão.

O terceiro diz respeito ao estacionamento, à paralisação das obras relativas aos teatros municipais. É uma vergonha que o Teatro Túlio Piva não tenha ainda o plano de obras concluído na cidade de Porto Alegre. Aliás, hoje choveu, como será que está o Teatro Túlio Piva na nossa Porto Alegre? Ou o Teatro Elis Regina, que ninguém sabe se foi aberto ou não foi aberto? E, há mais de oito, fala-se na reforma do Teatro Elis Regina e na construção desse equipamento, que ainda não está para o usufruto dos nossos porto-alegrenses. Ou mesmo a questão do financiamento, algo que, para nós, é fundamental; a lei federal previa que os Municípios evoluíssem. E aqui eu faço também uma cobrança ao Governo do Estado, que está longe de investir 1,5% do orçamento. No ano passado, nós tivemos 0,92%, fala-me aqui Plínio, muito longe do 1,5% previsto, o que daria um montante suficiente – suficiente não, porque suficiente na cultura nunca é – e muito melhor para desenvolver cultura e arte no Interior do Estado, na Metropolitana e na própria Porto Alegre. E, com essa emenda, nós, nos próximos cinco anos, teremos no mínimo 1,5% investidos em cultura, Ver. Prof. Alex, e, no final dos dez anos, no mínimo 3%. Acho que isso é um avanço, é motivo de comemoração, e certamente só foi possível pela luta de cada um e de cada uma de vocês que nos acompanham na Câmara de Vereadores na tarde de hoje. Porque nós sabemos a importância da luta para conquistar políticas públicas efetivas para o Município.

Outro ponto que eu queria falar – para não usar os cinco minutos, Guimarães, para que a gente possa votar de uma vez – é que nós queremos votar por unanimidade e celebrar uma vitória na tarde de hoje na Câmara de Porto Alegre. Mas nós queremos a sanção do Prefeito Fortunati, porque isso só será realidade se for sancionado pelo Prefeito Fortunati e se nós tivermos um outro instrumento para cobrar políticas públicas, para cobrar democracia, para cobrar orçamento, para cobrar uma previsão para os próximos dez anos, para interromper um processo que lamentavelmente Porto Alegre vem atravessando, que é a lógica de privatizar os espaços públicos de cultura, como aconteceu com o Araújo Vianna. Ao mesmo tempo, nós precisamos de recursos para ampliar os equipamentos públicos e, por outro lado, fomentar as políticas de descentralização nos bairros, nas periferias, nos parques e ruas, mostrando que o povo quer cultura e arte, mostrando que a luta dos artistas é uma luta vitoriosa. Parabéns a todos vocês! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, estou com uma certa dificuldade – a mudança de tempo e os meus 75 anos conspiraram contra mim no dia de hoje: a minha voz está quase terminando. Mas eu não posso deixar de vir à tribuna, não para fazer um esforço, mas para dizer, com satisfação, que eu tenho muito orgulho desta Câmara de Vereadores, especialmente pelos atos de seus integrantes quando eles resolvem, pelo diálogo, pela conversação, pelo entendimento, construir coisas para a Cidade. Aqui foi falado, com muita autoridade, que alguns fatos, alguns acréscimos ao projeto oriundo do Governo precisavam ser devidamente registrados. E um deles, enfatizado pela Ver.ª Sofia Cavedon, especialmente, com grande relevância, é uma troca de palavra, que tem um significado importantíssimo: retirado do texto a expressão “decreto” e colocado a expressão “lei” no lugar, construída junto com a comunidade, ouvindo todos os protagonistas da cultura na cidade de Porto Alegre. Acho que isso sozinho qualificaria a decisão que a Casa vai tomar no dia de hoje. Porque, evidentemente, tinha até então passado despercebido do exame da maioria de todos nós. Esta matéria está aqui há um ano, já teve idas e vindas, pareceres, outros tantos - um grande parecer conjunto, formulado pelo Ver. Delegado Cleiton, que é um símbolo, Ver.ª Fernanda Melchionna, de um tipo de ação cultural que cidade de Porto Alegre tem intensificado nos últimos anos, que é a famosa descentralização. Eu sou extremamente suspeito em falar nisso, dado ao meu relacionamento pessoal com o principal ator desta ação descentralizadora, como bem acertou a Ver.ª Sofia Cavedon, que é Leonardo Maricato. Mas eu encontrei o Cleiton em todos os pontos da cidade de Porto Alegre, prestigiando, apoiando, auxiliando a realização dos atos mais simples possíveis. Eu lembrei inclusive que há alguns anos, 20 ou 30 anos, quando o Ver. Guilherme Socias Villela era o Prefeito de Porto Alegre e eu era Diretor do Departamento Municipal de Habitação, quando fui chamado ao Gabinete do Prefeito e recebi a incumbência de que Semana de Porto Alegre não pode ser festejada com atos apenas no Centro de Porto Alegre; ela tem que se expandir por toda a nossa Cidade. E assim foram os acontecimentos na Restinga, na São José, na Santa Rosa e tantos outros lugares de Porto Alegre. Não havia Secretaria de Cultura na ocasião, era a Divisão de Cultura, comandada pelo professor Frederico Lamachia Filho, uma notável figura na área da cultura porto-alegrense. É dele inclusive que eu trago uma outra recordação: eu fui até ele e pedi que aquele que eu considero, com toda a suspeição porque é meu amigo de infância, Miguel Ângelo Oronoz Proença, pianista internacional, que aqui ia se apresentar, que uma das apresentações além da que ia fazer no Teatro São Pedro, no Teatro Leopoldina, fosse exatamente lá na Vila Restinga. Na ocasião, a assessoria do Professor Frederico ficou temerosa que a coisa não fosse dar certo. E deu muito certo. O Proença teve a capacidade de se organizar, adaptar o espetáculo que iria lá apresentar, fundamentar o Chorinho de Nazareth e ser vivamente aplaudido e extremamente respeitado na Restinga. Por fim, nós não podemos impor o tipo de cultura para a cidadania. Nós temos que respeitar as suas vocações e a elas consagrar.

Por isso eu quero agradecer a compreensão de todos, parece-me que nós encaminhamos para uma votação tranquila. Aqui tem a soma de contribuição de inúmeras pessoas, de vários Vereadores, até a renúncia de alguns, sobretudo de um propósito: tirar de Porto Alegre esta coisa que me desagradava profundamente, que era ser uma das raras capitais brasileiras, que não tinha o seu Plano Municipal de Cultura. Vai ter doravante, com um acréscimo; teve participação comunitária, teve a compreensão da representação popular e haverá de ensejar, com as raízes que aqui plantou, consequência muito positiva para a cultura de Porto Alegre que, eu tenho certeza, é o objetivo de todos nós. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 13 a 15 de julho de 2015.

Quero fazer uma ressalva: saiu na priorização que a CEFOR teria um voto do Relator Ver. Cassio Trogildo pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01; foi um equívoco, não existe esse Parecer sobre a Emenda, porque as Comissões formaram um Parecer Conjunto – CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH –, e o Relator-Geral foi o Ver. Delegado Cleiton, pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 03, 04, 06, 08, 09, 10 e 11.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiro, permitam-me mais uma vez cumprimentar os que dinamizam a cultura desta Cidade e também o nosso Conselho Municipal de Cultura. Nós votamos hoje o Prometa. Eu quero fazer uma relação: para quem ainda não tem a dimensão do que é o Prometa, ele tem como objetivo garantir que se materialize na gestão – ou seja, se materializando na gestão, se materializa na vida das pessoas – as propostas de projetos de campanha eleitoral, com prestações de contas em audiências públicas nesta Câmara e com divulgação pela imprensa. Isso dá uma dimensão diferenciada, no meu modo de entender, no modo de fazer política, ou seja, democratiza a gestão, porque, quando se chega na gestão, tem-se que fazer exatamente aquilo que, na campanha eleitoral, se estabeleceu de relação com a sociedade. É uma forma também de democratização e de controle da sociedade.

É nessa perspectiva de controle e democratização da gestão que se trata o que nós estamos fazendo com a votação do Plano Municipal de Cultura. E eu quero fazer algumas considerações em relação ao que está acontecendo neste momento em torno da votação do Plano de Cultura. Porto Alegre já teve a experiência de muito mais protagonismo, de um modo geral e de forma muito especial, da cultura. Eu espero que, a partir deste projeto, votado através dessa dinâmica de participação, nós possamos retomar o protagonismo de determinados setores da cultura de uma forma muito especial na cidade de Porto Alegre. Este projeto, por conta do ativismo dos verdadeiros agentes culturais da Cidade, chega agora no momento de poder ter, creio, a unanimidade desta Casa, até porque esta Casa teve participação. Eu quero destacar o conjunto de emendas em articulação na Câmara Municipal, em articulação dos agentes culturais e também da articulação com o Governo com a participação de toda a Câmara, porque vem emendas de várias bancadas aqui.

Eu quero, como Líder da oposição, destacar as emendas apresentadas pela oposição, no conjunto, e, de uma forma muito especial, quero destacar as figuras de duas colegas da oposição: o papel da Sofia Cavedon e da Fernanda Melchionna nesse processo, e o faço como Líder da oposição! Como Líder do PCdoB, mas, de uma forma muito particular, como Líder da oposição, eu acho que isso é importante, porque nós mostramos que nós queremos é voltar às dinâmicas que esta Cidade teve, e nos prepararmos para que essas dinâmicas possam ter uma perspectiva de futuro, com uma relação muito mais direta com a população, com os agentes culturais, enfim, todas as políticas públicas para que essas dinâmicas sejam materializadas a partir da realidade do povo de Porto Alegre, e daquilo que o povo de Porto Alegre faz. Por isso, eu faço esse destaque, sem deixar de destacar todos os colegas Vereadores, que, também, tiveram essa participação, mas, como Líder de oposição, quero fazer esse destaque.

E a minha expectativa é de que essa Lei, sendo aprovada, garanta múltiplos espaços públicos e privados para o uso pleno da cultura. Por quê? Porque cultura é um fator de transformação. E sempre vou repetir isso, porque esse é o meu sentimento, até porque participo, de uma certa forma, da área de literatura, da poesia, do Grupo Viva a Palavra, da Feira do Livro, desse processo todo. A Feira do Livro é o momento no qual todos nos juntamos, porque é um espaço conquistado pela cultura. E nós temos que senti-la assim, e entendê-la, também, nessa perspectiva maior. A cultura é fator de transformação da sociedade, e com ela nós temos mais democracia, com ela nós temos mais dignificação daquilo que a cultura expressa. Ninguém melhor do que a cultura, do que os ativistas culturais expressam, que a nossa diversidade humana e cultural, fruto, inclusive, das etnias que nos conformaram.

Esse final de semana, nós passamos, companheiros da cultura, o fim de semana inteiro, cerca de mil pessoas, na Conferência Municipal das Cidades, e nessa Conferência, em cada turno, nós tivemos dinâmicas culturais, o que nos dava a perspectiva de abrir mais, não apenas a razão, mas as emoções, que também temos de lidar com a saúde, porque a saúde é vida, e, também, a perspectiva de nós entendermos as relações que existem entre cultura e saúde. Cultura para além do espetáculo. Saúde para além do biológico. E as transversalidades que a Cultura, e ninguém mais do que ela, nos permite, seja na saúde, seja na educação, seja na perspectiva de uma outra sociedade mais avançada, mais dinâmica, mais humana.

Então, eu queria deixar a dignificação dessa riqueza, que se materialize nas diversas expressões de arte e de cultura. E quais os pilares básicos? Exatamente o que vocês estão trazendo aqui, para dentro desta casa, e discutiram, e que, Oxalá, a gente consiga fazer se materializar na prática, depois da aprovação desta Lei. Eu quero que ultrapasse a aprovação da lei, eu quero que isso seja a dinâmica da vida da cidade de Porto Alegre. Quais são os pilares básicos para que a lei se efetive? Democratização das políticas públicas culturais, financiamento adequado, justo e respeitoso à cultura. Assim como eu luto pelo financiamento à saúde, temos que lutar pelo financiamento da cultura, justo, adequado e respeitoso. Vamos respeitar a dinâmica cultural desta Cidade, porque ela é fator de educação, de saúde, de uma série de outras questões, se nós pensarmos na ótica da transversalidade e na ótica da transformação da sociedade. Por fim, a garantia de que esta Cidade, a partir deste momento, amplie os seus espaços culturais, a partir da garantia do financiamento, do funcionamento dos atuais espaços, porque eles nos dão a perspectiva de mais espaços para essa enorme, criativa e bela dinâmica cultural da cidade de Porto Alegre. Que, com esse projeto, a gente consiga fazer com que Porto Alegre retome o seu encanto, e se retoma encanto através daquilo que trazemos e que, quando nós podemos encontrar, dinamizamos através das expressões humanas, através da cultura de um povo, de uma Cidade. A cultura de um povo pode ser fator. A não cultura, o não olhar a cultura de um povo é fator de retrocesso, é fator de sociedades autoritárias. O olhar, o absorver, o entender a cultura desse povo é fator de transformação, de uma sociedade mais justa, mais humana e, conforme eu acredito, um dia socialista. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

O Sr. Engº Comassetto (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Carlos Scarinci, crítico gaúcho, lutador cultural, que, junto com Ruy Carlos Ostermann, representou uma resistência cultural nos anos de chumbo.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Quero fazer uma saudação especial a todos os membros da cultura que estão nas galerias: Luciano Fernandes, Presidente da Cia de Arte; Fábio Cunha, Presidente do SATED; Neidmar Roger Charão, Presidente do Conselho Estadual de Cultura. Saúdo também os conselheiros, tanto do Município, quanto do Estado, que estão participando ativamente da construção desse projeto cultural.

O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público que aqui nos assistem, eu fico muito feliz, quando eu subo aqui nesta tribuna, que existe um trabalho de construção. Muitas vezes, na ânsia de querer produzir, eu já pequei sobre esse assunto e faço aqui uma mea culpa. Eu não vou dizer o nome porque vou procurá-los, nesta semana, para tentar compor um projeto realmente completo, que ouça quem realmente faz, quem realmente produz, quem realmente corre atrás. Eu tive várias e várias visitas do Guimarães no gabinete; eu tive várias visitas do Dil, da Isabel e de grupos de militantes da cultura que fazem, que produzem e querem ver a cultura se expandir nesta Cidade.

Então, eu fico muito feliz quando nós conseguimos essa construção. Eu fico muito feliz, quando o Vinicius, Secretário Adjunto da Cultura, está sempre presente, quando o Vinícius veio aqui e me falou, quando coloquei alguma preocupação: “Delegado, estamos compondo; até o final, nós vamos compor, e vai acontecer”. Eu fico muito feliz por saber que o trabalho de descentralização, nas 10 Regiões do OP, pontuaram a cultura. São R$ 4 milhões de recursos extras para a Cultura. (Palmas.) Eu fico feliz em saber que Porto Alegre, nas suas várias Regiões, está pensando em cultura, está pensando em trazer conhecimento, em trabalhar com a arte.

Nós fizemos uma emenda que trata, também, da promoção, da valorização e do fomento à cultura negra, no incremento da Lei nº 10.639, porque é uma aspiração muito forte nossa e de quem faz a cultura nas periferias.

Estou vendo aqui o pessoal do hip-hop, o pessoal do grafite, da música, os artistas de rua, os pintores, os escultores, os escritores.

Salve este projeto que, hoje, nós conseguimos pactuar com o Governo Municipal! Salve, sim, o Governo Municipal por ter tido essa sensibilidade! Os artistas já têm na veia, no sangue, normalmente, essa sensibilidade, que vem de berço. Que bom que um governo busque sempre, sempre, Ver. Reginaldo Pujol, a composição. Muitas vezes, não podemos, temos dificuldades de recursos, mas nós, aqui, saímos todos felizes e convencidos de que Porto Alegre vai melhorar cada vez mais e vai ter mais cultura.

Pão e arte para todos nós! Obrigado, senhores. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, eu venho aqui também, da mesma forma, saudar o esforço de todos os ativistas da Cultura do nosso Município, de todos os membros do Conselho Municipal da Cultura. Quero saudar, em nome da minha companheira de Bancada, a Ver.ª Sofia, todo o esforço feito na busca de diálogo e de entendimento entre todos os colegas. Eu acho que é sempre dessa forma que esta Casa dá as melhores contribuições para a Cidade, coletando um pouco daquilo que de melhor cada um de nós pode oferecer, principalmente nesses momentos em que definimos os marcos das políticas públicas através dos planos municipais. Então, registro a minha saudação a esse esforço. Mas não posso deixar de registrar aqui, Ver.ª Sofia, que eu cresci – estou com 34 anos, sou de 1981 – nos anos 90, me formei cidadão vendo Porto Alegre se tornar um símbolo da cultura nacional e mundial, com a dança, o teatro, a literatura, com a antiga e tradicional Feira do Livro. Mas muito mais do que isso, Porto Alegre se tornou um farol naquele momento em que se dizia que nós deveríamos ter um Estado mínimo, um Estado que não gastasse dinheiro. E, naquele momento, Porto Alegre fazia o inverso do mundo e gastava dinheiro, investia naquilo que era considerada a política pública menos necessária para o discurso ortodoxo. Cultura era a última rubrica, era o resto, era para aqueles artistas mais famosos das elites. E Porto Alegre foi no caminho inverso e começou a construir uma nova concepção de coesão social. Querido amigo Santi – que temos uma amizade entre as nossas famílias –, eu lembro de ler teus poemas nos ônibus. Naquele momento, a cultura florescia em todos os cantos da nossa Cidade. Enquanto muitas cidades criminalizavam a juventude, Porto Alegre já ouvia as vozes da juventude e da periferia através do grafite, através do hip hop e eu sinto que hoje, no máximo com muito esforço, se mantém o que se construiu lá atrás. O que é bom é verdade, é bom que se mantenha, mas eu não sinto mais aquela Cidade pulsante, Ver. Pujol, aquela Cidade que mesmo nos últimos anos em que os Municípios tinham dinheiro - e efetivamente este é um ano atípico -, e nos últimos 12 que vivemos, mas mesmo nos grandes anos do nosso País, de crescimento e injeção de recursos, sinto que Porto Alegre foi perdendo o brilho. E eu sonho e faço questão de registrar aqui, repito o que já falei no início da Sessão, que a minha concepção - e é o tema a que eu tenho me dedicado a falar - é a segurança pública, é a violência, e a minha concepção de segurança pública começa com cultura. Eu sonho com o dia em que os artistas de Porto Alegre estarão lado a lado com a Guarda Municipal, com a Brigada, com a juventude, com a escola, com as equipes de saúde da família, disputando jovem a jovem desta Cidade. Disputando cada criança neste que é o ano que vai entrar para a história como ano em que Porto Alegre mais perdeu adolescentes para a violência. São 17 mortos até a metade do ano e eu não acho isso normal, não acho que a solução para isso seja botar mais jovem dentro do presídio. Acho que a solução é levar cultura, é dar voz, é estimular a criatividade, a criatividade da cultura digital, das novas formas de cultura, mas das velhas formas de cultura também. Então registro aqui o sonho para que no futuro Porto Alegre volte a sonhar, volte a ter aquela energia pulsante e que a cultura esteja na liderança desta Cidade, mostrando que nós podemos construir uma sociedade com solidariedade e com paz, ao invés de uma Cidade com violência, com o individualismo que nós temos hoje. Parabéns pela luta e muita força para a cultura da nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que está aqui conosco, ativistas e dirigentes do Conselho Municipal e do Conselho Estadual da Cultura, queria também fazer um agradecimento especial aos nossos Vereadores da base e aos Vereadores da oposição que contribuíram nas emendas, e um agradecimento especial ao Ver. Reginaldo Pujol, que liderou esse processo, junto com a nossa assessoria, para fazer esse acordo e qualificar o nosso Plano Municipal da Cultura. O Guimarães me chamou agora há pouco e disse: “Nós nem acreditávamos que esse acordo poderia acontecer”. Isso demonstra, Plínio, que esse é um Governo que senta, que conversa, que dialoga. Ver.ª Sofia, na semana passada, tu fizeste algumas colocações, me entregaste um material e pediste que eu desse uma olhada; desde então, a gente começou a fazer esse trabalho junto com o Ver. Reginaldo Pujol, que estava fazendo todo o trabalho do Plano Municipal da Cultura. Isso demonstra – e olha que não é a primeira vez que estou falando isso, Professor Garcia – que o Governo não é uma patrola, Ver.ª Jussara, o Governo vem dialogando...

 

(Aparte antirregimental da Ver.ª Jussara Cony.)

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Não! Não foi tu que disseste, não! Foram outros Vereadores da oposição que já vieram a esta tribuna dizer que o Governo patrola tudo e todos. Nós temos demonstrado, ao longo dos últimos meses, Ver. Airto Ferronato, como tu fizeste ao longo de dois anos, que nós conversamos, que nós dialogamos e procuramos construir o consenso. Mais uma vez, nesta tarde, construímos o consenso, e quem ganha com isso é a nossa população; quem ganha com isso são as pessoas que acessam os nossos serviços da cultura. O Governo está de parabéns, a oposição está de parabéns, e a população de Porto Alegre ganha, na tarde de hoje, com a maturidade dos Vereadores desta Casa e, principalmente, ganha com a costura e com a construção do diálogo com as pessoas que fazem a cultura diariamente na nossa Cidade.

Esse é o nosso reconhecimento, Ver. Pujol – tu, que tomaste a frente nesse processo –, nosso reconhecimento a ti e à Ver.ª Sofia, que dialogaram, situação e oposição, para conseguirmos o consenso. E hoje, mais uma vez, estaremos aprovando, eu não tenho nenhuma dúvida disso, esse Plano Municipal da Cultura, por unanimidade. Parabéns a todos, parabéns à população de Porto Alegre. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente Mauro, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, realmente, Ver. Kevin Krieger, eu acho que, mais do que nunca, é importante o diálogo. E fico satisfeito quando V. Exa. coloca essa intenção do Governo de sempre dialogar, porque, quando não existe diálogo, só existe o monólogo. E eu acho que é importante saber ouvir. Eu sempre digo que o ser humano tem duas orelhas e uma boca. Por que será? Nós temos, muitas vezes, dificuldades em ouvir. E esse ouvir não quer dizer, necessariamente que eu vou compactuar, que eu vou viver aquilo, mas é importante ouvir e saber conviver com as divergências.

E eu sei também o quão difícil foi montar isso e chegar a esse consenso. Quando a gente olha para trás, parece que foi fácil chegar a esse consenso, mas quantas caminhadas nós tivemos que fazer para chegar a ele?

Mas o que eu vejo como importante é essa garantia de participação e empoderamento das instituições nos diversos espaços públicos da Cidade. Eu acho que, cada vez mais, as instituições têm que se empoderar desses espaços. Muitas vezes, o Poder Público quer fazer, não sabe como fazer e faz mal. Então, ter esse sentimento de ajudar, colaborar e estar atento, só vai fazer com que todos possamos crescer.

E Porto Alegre é uma Cidade que tem todas as vertentes de qualquer área da cultura. Nós temos inúmeros protagonistas que têm condições de, cada vez mais, alavancar o nome da nossa Cidade e do nosso Estado.

E, ao mesmo tempo, a busca do consenso também se faz em função do que todos nós sabemos: se não aprovar um plano, não vem recurso. Então, existe essa necessidade também.

Eu sempre aprendi, e digo, que um negócio para ser bom tem que ser bom para todas as partes. Nem sempre pode ser o melhor, mas é aquilo que foi possível e consensuado dentro das suas necessidades.

Mas, ao mesmo tempo, nós temos que estar atentos, porque nós estamos votando o Plano Municipal, mas imediatamente vamos ter a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária, e o que vem de recursos além disso, que é o que precisamos cada vez mais saber, porque é a prática. Além disso, o plano, a cada quatro anos, tem essa obrigação de revisar, e muitas vezes, como diz o nosso hino, dormimos em berço esplêndido, nos esquecemos, fizemos um plano e não queremos voltar no dia a dia para fazer essa análise, que a cada quatro anos - é o que diz -, temos essa responsabilidade de evoluir, apontar o que está com dificuldade, parabenizar aquilo que está bom, encaminhar e ver melhorias. Quero saudar as entidades, os colegas Vereadores que se empenharam, e realmente hoje é uma tarde de julho, mas volto a dizer que cada vez mais temos que ter essa responsabilidade, a seriedade para com a coisa pública, porque o que queremos é o bem comum e que todos possam sair fortalecidos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, um abraço todo especial aos homens e às mulheres, jovens e nem tanto que estão conosco na tarde de hoje acompanhando essa votação tão importante para Porto Alegre. Quero falar em meu nome, em nome do meu Partido, o PSB, e em nome e do Ver. Paulinho Motorista, e dizer que vem de longe, há alguns anos, Porto Alegre discute, pede, quer requer a apresentação de um Plano Municipal de Cultura, que hoje estamos aqui para aprovar. Esta conquista tem, nos conselheiros da cultura de Porto Alegre, uma intensa luta na busca deste plano, tem também uma participação e presença muito efetiva daquelas pessoas que de uma maneira ou outra fazem a cultura aqui no Município. Portanto, é uma vitória de vocês, principalmente, uma vitória da cidade de Porto Alegre. Quando se fala na cultura para uma cidade, com certeza estamos falando do cidadão e da cidadã de qualquer idade. Eu acredito que este plano é uma vitória ainda maior do jovem porto-alegrense. Por isso, eu não poderia deixar de estar aqui, muito rapidamente, para trazer um abraço a todos e saudar os que estiveram na linha de frente, na disputa pela chegada à Câmara do projeto do plano, e continuaram nessa linha, até agora, neste momento, conosco, na expectativa de ver este plano aprovado. Eu acredito que, verdadeiramente, é um plano. Muito se acompanham propostas com linhas gerais, e, neste projeto que aqui votamos, chegamos no aprofundamento do debate, na busca e na conquista de verdadeiramente trazer agregados positivos.

Para concluir, exemplifico apenas e tão somente um detalhe: a questão da vinculação de receita à aplicação na cultura de Porto Alegre é uma vitória que é nossa, mas muito mais do que nossa, é uma vitória, vou repetir, da nossa criança e da nossa juventude brasileira e porto-alegrense, essencialmente, porque nós vamos construindo aqui o caminho para fazer uma cultura com toda intensidade que Porto Alegre faz muito bem, e faz há muito tempo. Um abraço, obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para discutir o PLE nº 025/14.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; colegas; senhores e senhoras; público que nos assiste através da TVCâmara e também os que estão nas nossas galerias, a minha saudação especial a todos os que fazem parte da construção deste projeto e deste que é o Plano Municipal da Cultura. São quatro emendas que nós apresentamos; uma das emendas no sentido de os recursos serem aplicados em todas as regiões do Município de Porto Alegre. E aqui vai minha saudação ao Luiz Antônio, a minha saudação ao Luciano, que também são parte integrante da composição dessas emendas. Porto Alegre tem 16 centros culturais, porém nenhum deles na periferia da cidade de Porto Alegre, e nesse sentido nós apresentamos essa emenda que, de certo modo, universaliza a distribuição de recursos na cidade de Porto Alegre. A outra emenda reconhece, estimula o protagonismo das mulheres, a diversidade religiosa e cultural na periferia através da produção e difusão cultural, e outra é aquela que reconhece também, que se estende às regiões e áreas existentes na Capital que não são contempladas pelo Código de Endereçamento Postal, o CEP. Finalmente, há uma outra emenda que traz a obrigatoriedade da implantação de equipamentos culturais novos, readequando espaços disponíveis para essa finalidade em todos os bairros de Porto Alegre e em regiões da Capital, acrescentando, portanto, à redação original do Plano as regiões.

É nesse sentido, então, que nós trazemos aqui a contribuição a esta que é a composição do Plano Municipal da Cultura, agradecendo a todos pelo apoio e também pela construção feita de forma a contemplar aqueles que mais estão envolvidos diretamente com o Plano Municipal. Nesse sentido, a minha palavra é pontual, é objetiva de parabenização a todos os colegas Vereadores e a todos vocês que são protagonistas dessa iniciativa vitoriosa na tarde deste dia. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o bloco das Emendas destacadas e Subemendas ao PLE nº 025/14. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 31 votos SIM.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLE nº 025/14. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 31 votos SIM.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 034/14 – (Proc. nº 0782/14 – Ver. Clàudio Janta) requer Moção de Solidariedade com o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias na Petrobras.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo Sgarbossa, o Requerimento nº 034/14. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 20 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 073/15 – (Proc. nº 1402/15 – Ver. Alberto Kopittke e outros – Bancada do PT) – requer Moção de Repúdio ao Projeto de Lei 4148/2008, que altera a Lei de Biossegurança, de autoria do Deputado Federal Luís Carlos Heinze (PP/RS).

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger, o Requerimento nº 073/15. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 12 votos SIM, 07 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito ao Ver. Kevin Krieger que proceda à chamada nominal para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Tarciso Flecha Negra. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) Doze Vereadores presentes. Não há quorum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 18h34min): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1822/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGANICA Nº 003/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que inclui art. 29-A no Capítulo III “Da Administração Pública” da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, definindo as regras para abertura de capital, participações e venda das instituições que formam a Administração Indireta.

 

PROC. Nº 0328/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que obriga as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo e seletivo do Município de Porto Alegre, públicas ou privadas, a instalar, no interior de seus veículos de transporte de passageiros, placas educativas que instruam os usuários sobre a forma mais segura de atravessar a via após o desembarque.

 

PROC. Nº 1559/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 018/15, que altera a denominação da efeméride “Dia do Procurador e Assessor Jurídico do Município de Porto Alegre” para “Dia do Procurador Municipal”, no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 4 de junho.

 

PROC. Nº 1560/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 019/15, que autoriza o ingresso do Município de Porto Alegre no Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal (CIGA), para utilização do sistema de Gestão do Simples Nacional (GSN).

 

PROC. Nº 1589/15 – PROJETO DE LEI EXECUTIVO Nº 020/15, que altera os limites das Subunidades 01 e 03 na Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 060 da Macrozona (MZ) 08, cria e institui como Área Especial de Interesse Social I (AEIS I) a Subunidade 04, cria a Subunidade 05 com o mesmo regime da Subunidade 03 existente da UEU 060 da MZ 08, define o regime urbanístico para a AEIS I criada e dá outras providências.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0262/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 002/15, de autoria do Ver. João Derly, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor José Alberto Santos de Andrade.

 

PROC. Nº 0600/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 058/15, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre, ao senhor Oly Érico da Costa Fachin.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde. Quero, primeiro, fazer um agradecimento pela aprovação da nossa Moção, que garante o direito à informação ao consumidor, para ele saber se tem ou não tem transgênico naquele produto que ele está consumindo. Nós temos aqui projetos importantes na Pauta, que tratam de AEIS, Dia do Procurador, Assessor Jurídico do Município, projeto do Ver. Janta, que trata do transporte coletivo. Mas quero utilizar o tempo para registrar que hoje - e se algum Vereador quiser fazer alguma observação, pois fujo um pouco da Pauta -, exatamente hoje, Vereadores Bosco e Janta, o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente, completa 25 anos.

Essa mudança de concepção da criança e do adolescente não mais como objeto, mas como um sujeito de direitos; isso não significa que não se possa impor limites, aliás os limites das crianças e dos adolescentes são o direito que eles precisam ter. Então, ter autoridade, sim, sem recorrer à agressão física, parece ser uma boa forma de entender o ECA e afastar aquela ideia de que só tem direitos, não pode mais exercer seu papel de autoridade, como pai e mãe ou como responsável na sua casa. Admito que fujo do tema da Pauta, mas para fazer tanto um agradecimento ao projeto anteriormente aprovado, como para fazer este registro aqui de que vivemos um momento muito diferente de 25 anos atrás, quando aprovamos o Estatuto da Criança e do Adolescente, que nada mais nada menos, ajudou a reduzir a mortalidade infantil em 77%, de 1990 até 2015. Apenas um registro. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não há mais quem queira discutir a Pauta e nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h38min.)

 

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